Tratamento entre China e Rússia traz inspiração para mundo turbulento
Desde 2013, os dois líderes de Estado se encontraram mais de 40 vezes, e as relações bilaterais atingiram o nível mais alto na história
CMG – Com as músicas melodiosas de “Noites de Moscou”, “Katyusha”, “Barcos de pesca cantam noite”, o Centro Nacional de Artes Cênicas da China foi palco de um grande evento no intercâmbio cultural entre China e Rússia nessa quinta-feira (16). A cerimônia marcou a abertura do “Ano Cultural China-Rússia”, com conserto especial em homenagem ao 75º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países.
No mesmo dia, os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, mantiveram uma conversa reservada, em que resumiram as experiências bem sucedidas dos dois países desde o estabelecimento de relações diplomáticas há 75 anos e trocaram opiniões de forma profunda nas questões internacionais e regionais de interesse comum.
No âmbito mundial, as relações entre as duas nações tem particularidades. Os dois países insistem em “não alinhamento, não confronto e não ter como alvo terceiros”, superando a aliança militar e política durante a Guerra Fria e estabelecendo um novo modelo de relações internacionais para a comunidade internacional.
Desde 2013, os dois líderes de Estado se encontraram mais de 40 vezes, e as relações bilaterais atingiram o nível mais alto na história.
A particularidade e o elevado nível das relações China-Rússia refletem, em primeiro lugar, na base sólida da confiança política mútua. Na declaração conjunta emitida desta vez, a Rússia reiterou o respeito ao princípio de Uma Só China e sua oposição a qualquer forma de “independência de Taiwan”. A China expressou o seu apoio à Rússia na salvaguarda de sua segurança, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade, soberania e integridade territorial, e opõe-se à interferência de forças externas nos assuntos internos russos.
A cooperação econômica e comercial é outro destaque nas relações bilaterais entre os dois países. O volume comercial bilateral atingiu mais de US$ 240 bilhões em 2023, superando as metas comerciais estabelecidas pelos dois lados. A China é o maior parceiro comercial da Rússia por 14 anos consecutivos. O gás natural russo entrou nas casas do povo chinês, enquanto os automóveis e produtos eletrônicos chineses são populares no mercado russo.
Durante a visita à China, Putin também fez uma viagem especial a Harbin, para participar da cerimônia de abertura da 8ª Expo China-Rússia.
A China e a Rússia são duas potências culturais. As obras de mestres russos, como Alexander Pushkin e Leo Tolstoy, são bem conhecidas na China. A cultura tradicional chinesa, incluindo a Ópera de Beijing e o Tai Chi, também é bem recebida pelo povo russo.
Em 2023, a política de isenção mútua de vistos de turismo de grupo entre os dois países foi retomada, incentivando ainda os intercâmbios entre grupos culturais e artísticos.
Sendo membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), a China e a Rússia salvaguardam firmemente o sistema internacional, tendo a ONU como o seu núcleo e a ordem internacional baseada no direito internacional, e defendem a prática do verdadeiro multilateralismo.
China e Rússia concordam que a questão palestina deveria ser resolvida com base na “solução de dois Estados”. O governo russo saúda também a China por continuar a desempenhar um papel importante e construtivo na resolução política da questão ucraniana.
Este ano a Rússia ocupa a presidência rotativa do BRICS, enquanto a China assumirá a presidência rotativa da Organização de Cooperação de Shanghai.
Os dois lados expressaram o seu apoio aos trabalhos um do outro. A coordenação entre China e Rússia na cena internacional ajudará a restringir o comportamento hegemônico de algumas potências ocidentais, contribuindo para melhorar a governaça global e manter a paz e o desenvolvimento mundiais.
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