Washington está prejudicando Taiwan ao enviar armas
Se Washington quiser verdadeiramente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, deve tratar a questão com grande cautela
CGTN – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na segunda-feira a Lei de Autorização de Defesa Nacional para o Ano Fiscal de 2025. O orçamento de US$ 895 bilhões bateu um novo recorde e mostra o grande apetite de Washington por gastos militares. A fim de criar sua "racionalidade", o projeto de lei mencionou a China dezenas de vezes e exagerou a "ameaça da China", fazendo comentários irresponsáveis sobre a questão de Taiwan, clamando por apoio militar e enviando um sinal seriamente errado para as forças separatistas de "independência de Taiwan".
Nesta lei doméstica, Washington interfere nos assuntos internos da China, como por exemplo, quando recomenda a participação de Taiwan no exercício militar da Orla do Pacífico 2025, o fortalecimento da cooperação multilateral, especialmente europeia, para aumentar a "segurança" da região, além do fornecimento de financiamento para aumentar suas chamadas capacidades de autodefesa, entre outros. Isso se trata, de fato, de apoio às forças separatistas de "independência de Taiwan", incitando o confronto dos dois lados do Estreito de Taiwan e colocando a ilha em uma situação perigosa.
Neste momento, o governo dos EUA entrou em um período de transição. Já no mês passado, o país anunciou uma série de políticas em relação a Taiwan, que incluem dois pacotes de venda de armas, uma no valor de US$ 385 milhões e outra de US$ 295 milhões, e até mesmo o anúncio de ajuda militar no valor de US$ 571,3 milhões. Então, por que a Casa Branca intensificou seus esforços para "armar" esta região?
Para o pesquisador do Instituto sobre Taiwan da Academia de Ciências Sociais da China, Liu Kuangyu, por um lado, o objetivo dos Estados Unidos é salvaguardar os interesses dos grupos e partidos envolvidos e agir diante da pressão do complexo militar-industrial do país de aumentar as vendas de armas. Isso também prova mais uma vez que a questão de Taiwan já se tornou uma fonte de renda da sua indústria armamentista e um pretexto para apoiar o aumento anual dos gastos militares. Por outro lado, está criando bagunças para o próximo governo ao lidar com as relações sino-americanas.
O comunicado de "17 de agosto" estipula claramente: "o governo norte-americano declara que não busca implementar a política de venda de armas a Taiwan de longo prazo, que as armas vendidas para a região não excederão o nível fornecido após o estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e os Estados Unidos em termos de qualidade e quantidade, e que está preparado para reduzir gradualmente suas vendas de armas e levar a um acordo final após um período de tempo". Mas o que os EUA fizeram mostrou ao mundo que seu compromisso não tem credibilidade.
Os comportamentos também violam seus compromissos políticos com a China. No mês passado, quando o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Joe Biden, se reuniram em Lima, no Peru, Biden reiterou os compromissos políticos de não buscar uma "nova Guerra Fria" com a China e não apoiar a "independência de Taiwan". Comeram suas palavras e continuam tendo duas caras, semeando mais desastres para a situação no Estreito de Taiwan.
Se Washington quiser verdadeiramente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, deve tratar a questão com grande cautela, cumprir rigorosamente os três comunicados conjuntos China-EUA, assumir seus compromissos políticos com a China, opor-se inequivocamente à "independência de Taiwan" e apoiar a reunificação pacífica do país.
Taiwan é da China. As armas fabricadas pelos EUA não podem mudar a situação do equilíbrio de forças entre os dois lados do Estreito de Taiwan, muito menos deter a tendência histórica da reunificação chinesa.
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