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    Xi Jinping participou da conferência de imprensa com o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

    O Presidente Xi Jinping apontou o seguinte: Faz cinco anos desde a última vez que eu pisei nesta “terra de amor e de esperança”

    (Foto: CMG)

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    CMG – Na manhã do dia 20 de novembro, no horário local, o Presidente da China, Xi Jinping, participou da conferência de imprensa com o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente brasileiro, em Brasília, após a reunião.

    O Presidente Xi Jinping apontou o seguinte: Faz cinco anos desde a última vez que eu pisei nesta “terra de amor e de esperança”, e esta vez, recebi, na véspera da partida, múltiplas cartas dos amigos de diferentes setores da sociedade brasileira. Fiquei muito tocado ao ver como o povo brasileiro valoriza e espera de uma amizade aprofundada com a China. Agora mesmo, mantive com o Presidente Lula uma reunião cordial, amistosa e frutífera. Fizemos uma retrospectiva do desenvolvimento das relações China-Brasil ao longo dos 50 anos. Coincidimos em que este relacionamento se encontra no melhor período da história, possui uma projeção global, estratégica e de longo prazo cada vez mais destacada, e tem oferecido um exemplo de avanço de mãos dadas, solidariedade e cooperação entre grandes países em desenvolvimento.

    Chegamos a novos consensos estratégicos sobre o futuro desenvolvimento das relações China-Brasil. Dentre outras, as mais importantes decisões são: a elevação das relações bilaterais à Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável, e o estabelecimento de sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil. No contexto da evolução acelerada da configuração internacional, tudo isso demonstra a determinação da China e do Brasil, dois grandes países em desenvolvimento, de identificar, responder e aproveitar as mudanças. E isso promoverá, com certeza, as relações China-Brasil a levar adiante o que herdou do passado e arrancar os próximos “50 anos dourados”, bem como estabelecer exemplo de união e autofortalecimento para os países do Sul Global e dar nova contribuição ao aumento de representação e voz dos países em desenvolvimento na governança global.

    Concordamos em aprofundar constantemente a confiança estratégica mútua, e continuar com os apoios mútuos firmes nas questões vitais como soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, para promover o desenvolvimento de alta qualidade dos nossos países. Sendo dois grandes países em desenvolvimento nos hemisférios leste e oeste, a China e o Brasil devem assumir proativamente a grande responsabilidade histórica de induzir a salvaguarda dos interesses comuns dos países do Sul Global e de promover uma ordem internacional mais justa e equitativa.

    Decidimos juntos em apresentar um bom estabelecimento de sinergias entre as estratégias de desenvolvimento dos nossos países. Vamos aprofundar cooperação em áreas prioritárias como economia e comércio, finanças, ciência e tecnologia, infraestrutura e proteção ambiental e reforçar cooperação em áreas emergentes como transição energética, economia digital, inteligência artificial e mineração verde. Com a vontade de não deixar nenhuma hora desperdiçada, vamos trabalhar para que a cooperação prática seja mais profunda e concreta e contribua para a aceleração da modernização da China e do Brasil.

    É também consenso nosso que a China e o Brasil continuem estreitando a colaboração nos foros multilaterais como ONU, G20 e BRICS, enfrentando juntos fome e pobreza, conflitos regionais, mudanças climáticas, segurança cibernética, entre outros desafios tradicionais ou não tradicionais da segurança, e dando nova contribuição China-Brasil para a paz e o desenvolvimento do mundo. O ano que vem marca o 10º aniversário do funcionamento oficial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A China gostaria de trabalhar junto com o Brasil e com os demais países da América Latina e Caribe, para elevar aos novos patamares a cooperação entre a China e a região.

    O Presidente Xi Jinping destacou que, no momento, o mundo está longe de ser tranquilo. Ainda há várias regiões que estão sofrendo guerras, conflitos, turbulências e insegurança. A humanidade é uma comunidade de segurança indivisível. Só quando abraçarmos a visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, podemos trilhar um caminho de segurança universal. A China e o Brasil emitiram Entendimentos Comuns sobre uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia, e criaram juntos o Grupo de Amigos da Paz sobre a crise na Ucrânia junto com os outros países do Sul Global. Devemos reunir mais vozes que advogam a paz e procuram viabilizar uma solução política para a crise na Ucrânia. Estamos profundamente preocupados com a proliferação constante do conflito em Gaza. Apelamos para cessar-fogo imediato, implementação da solução de dois Estados, e esforços incessantes para solução abrangente, justa e duradoura da questão palestina. Tanto a China como o Brasil têm tradição e responsabilidade de preconizar a justiça e a moral. A China está disposta a trabalhar com o Brasil para substanciar constantemente a Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil com conteúdos da época, e defender firmemente o verdadeiro multilateralismo. Juntos, vamos emitir a voz alta da nova era de querer desenvolvimento, cooperação e justiça em vez de pobreza, confrontação e hegemonia, e vamos construir um mundo melhor.

    O Presidente Lula deu calorosas boas-vindas à visita do Presidente Xi Jinping, e apontou que, o Brasil e a China, apesar da distância geográfica, têm valores e ideias convergentes, interesses comuns amplos e amizade profunda e sólida. E a sua cooperação é de significado estratégico e tem projeção global. A China é o mais importante parceiro comercial e de investimento do Brasil, e as empresas chinesas que estão operando no Brasil promovem vigorosamente o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Eu e o Presidente Xi Jinping decidimos em anunciar a elevação das relações bilaterais para a Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável, e em estabelecer sinergias entre as estratégias de desenvolvimento do Brasil e a Iniciativa Cinturão e Rota, com foco na ampliação e aprofundamento da cooperação nas áreas como desenvolvimento sustentável, infraestrutura, finanças, transição energética, aeroespacial, e elevar o relacionamento entre os dois países para novos patamares. O Brasil e a China têm posições altamente alinhadas nas questões importantes de desenvolvimento e segurança internacionais. Agradeço o grande apoio da parte chinesa estendido aos trabalhos do Brasil na sua presidência do G20. A China foi parceiro de primeira hora na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Vamos estreitar ainda mais a nossa comunicação e colaboração nos foros internacionais como ONU, G20 e BRICS, advogar conjuntamente a reforma da governança global e formar um sistema internacional mais justo, democrático, equitativo e sustentável, promover a solução pacífica das questões candentes. A visita do Presidente Xi Jinping já abriu um novo capítulo histórico do relacionamento entre o Brasil e a China.

    Cai Qi e Wang Yi participaram da atividade.

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