COP30 em Belém: um marco crucial para o futuro do planeta, diz Marina Silva
Ministra do Meio Ambiente enfatiza necessidade de acelerar a transição climática e fortalecer cooperação internacional
247 - A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, em novembro, será um evento decisivo para a definição do futuro das ações climáticas globais. A afirmação foi feita pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante discurso na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (WSDS), em Nova Delhi, na Índia. "A COP30 será crucial para ajudar a redefinir o futuro do planeta e construir um marco referencial, sólido e à altura do desafio climático, dez anos após o Acordo de Paris", destacou a ministra.
Marina Silva enfatizou a necessidade de avançar na transição para o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento, ressaltando a importância de ampliar o financiamento climático para US$ 1,3 trilhão anuais, a partir dos US$ 300 bilhões prometidos pelos países desenvolvidos. "Esse mapa do caminho será crucial para o período pós-Belém", pontuou.
Entre os temas prioritários para a COP30, a ministra citou a adaptação às mudanças climáticas e a transição justa para uma economia de baixo carbono. Ela reforçou a necessidade de garantir que comunidades vulneráveis tenham acesso a recursos e tecnologias para enfrentar os impactos da crise climática. Segundo Marina, o Brasil defende um modelo de transição que promova alternativas sustentáveis e ofereça suporte para populações e ecossistemas mais afetados.
A ministra também mencionou a criação de mecanismos financeiros inovadores, como o Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com os Ministérios das Relações Exteriores e da Fazenda. Lançado na COP28, o TFFF deve entrar em operação na COP30, com o objetivo de ampliar fluxos financeiros para a proteção ambiental e a remuneração de serviços ecossistêmicos.
Outro ponto destacado por Marina Silva foi o fortalecimento do regime multilateral para o enfrentamento à mudança climática. “Como anfitrião da COP30, o Brasil reforça que a responsabilidade climática é coletiva e que somente através dos nossos esforços domésticos, do multilateralismo e da cooperação internacional, poderemos transformar compromissos em ações concretas”, afirmou a ministra.
No evento, Marina Silva também defendeu a realização do Balanço Ético Global (BEG), iniciativa promovida pelo presidente Lula (PT) e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. O BEG realizará debates em diversas regiões do mundo, abordando questões climáticas em pontos críticos como o Ártico e envolvendo diferentes setores da sociedade, incluindo jovens, cientistas, líderes religiosos, povos indígenas e ativistas.
Durante sua estadia em Nova Delhi, Marina Silva manteve reuniões bilaterais com lideranças ambientais de diversos países, como Nepal, Maldivas, Índia e Noruega, abordando temas como financiamento para adaptação climática e cooperação técnica. Além disso, a ministra foi agraciada com o Prêmio de Liderança para o Desenvolvimento Sustentável, concedido pelo Instituto de Energia e Recursos da Índia (TERI), em reconhecimento ao seu trabalho em prol da sustentabilidade e do combate à crise climática.
Com a aproximação da COP30, as discussões sobre compromissos climáticos e financiamento ambiental ganham ainda mais relevância. O evento em Belém promete ser um marco para a agenda global, reforçando a necessidade de ações concretas e colaborativas para enfrentar os desafios do aquecimento global.
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