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    Casa Branca prevê mais de 600 mil mortos no Brasil até agosto

    Médico responsável pelo modelo estatístico da Casa Branca para a pandemia do novo coronavírus estima em 611 as mortes no Brasil até agosto se governo continuar a ignorar a crise

    Dr. Ali Mokdad, responsável pelo modelo estatístico adotado pela Casa Branca na pandemia (Foto: Reprodução | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - O médico Ali Mokdad, responsável pelo modelo estatístico adotado pela Casa Branca na pandemia, nos Estados Unidos, fez um alerta, segundo o jornal Valor Econômico: o Brasil deverá ter uma nova escalada nas mortes devido à Covid-19 no inverno, chegando a 611 mil mortes até agosto e se tornando um dos países com mais mortes por habitantes. Essa é a estimativa caso os governos, em particular o federal, continuem resistindo a adotar as recomendações de uso de máscaras, distanciamento e lockdown.

    “Acabamos de finalizar uma nova estimativa que aponta até 611 mil mortes no Brasil até agosto. O inverno deve piorar a situação. Por sorte, as vacinas têm se mostrado eficazes em reduzir as mortes, mas a vacinação está atrasada no país”, afirma o libanês-americano, chefe de estratégias para saúde pública do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, em Seattle. 

    Ele responsabilizou diretamente Jair Bolsonaro pelas mortes até agora: “Do lado do governo, foram muitas as vozes que não levaram a covid-19 a sério e não deram o exemplo correto, e houve perda de tempo com um falso dilema entre salvar vidas ou salvar a economia. Isso vale principalmente para o presidente Jair Bolsonaro, cujo exemplo influencia muito as pessoas, da mesma maneira que aconteceu nos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump”.

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