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    Documentos do Itamaraty revelam que Pazuello ofereceu protocolo do "tratamento precoce" à OMS

    O general Eduardo Pazuello, quando estava no cargo de ministro da Saúde, quis compartilhar "conhecimento" sobre tratamento precoce com a OMS

    Ministro Eduardo Pazuello e a cloroquina (Foto: Agência Brasil - Reuters)

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    247 - Documentos revelam que enquanto o Brasil discutia a adesão ao consórcio global de vacinas Covax Facility, em setembro do ano passado, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ofereceu ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, "o compartilhamento de protocolo desenvolvido no Brasil para tratamento precoce da doença".

    "(Pazuello) ofereceu à OMS o compartilhamento de protocolo desenvolvido no Brasil para tratamento precoce da doença, fruto de conhecimento acumulado nas diferentes regiões do país. Ponderou que a conversação com a OMS será mais eficaz se os dois lados mantiverem perfil discreto", diz trecho do documento do Itamaraty.

    Em setembro do ano passado, diversos estudos científicos já haviam descartado o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no combate à Covid-19. Ainda assim, o governo brasileiro insistiu nesses remédios como parte de um "kit Covid", chamado também de "tratamento precoce", informa O Globo.

    Naquele momento, Tedros deu uma resposta diplomática, sublinhando que "o interesse da OMS seria apoiar o Brasil em salvar vidas". Ele agradeceu a intenção do Brasil de participar do Covax Facility e "manifestou interesse no protocolo de tratamento mencionado por Pazuello", segundo o telegrama do Itamaraty. 

    Porém, pouco depois, em meados de outubro, a OMS reiterou , através de outro estudo, que o tratamento precoce com medicamentos como cloroquina, remdesivir e interferon não era recomendado para enfrentar a Covid.

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