Margareth Dalcolmo defende vacinação infantil e celebra baixo alcance do movimento antivacina no Brasil
"Felizmente entre nós, não viceja a mobilização anti-vax, com retórica de liberdade individual irrestrita", afirma a pesquisadora
247 – A pneumologista Margareth Dalcolmo, que é também pesquisadora da Fiocruz, celebra, em artigo publicado no jornal O Globo, o avanço da vacinação no Brasil e o baixo alcance das campanhas antivacina no Brasil. "Não é difícil para a opinião pública brasileira observar que a despeito do grande impacto da nova variante, e tendo alcançado uma boa taxa de imunização, o resultado constatado é o aumento exponencial de casos, porém sem repercussão de mortes ou ocupação de leitos de terapia intensiva até agora. Mesmo sabendo que pode haver pressão sobre o sistema de saúde por demanda de emergências e de internações em enfermarias, a nossa preocupação maior hoje é a paralisação de serviços pelo imenso número de infectados e afastados do trabalho ao mesmo tempo. Esse fenômeno hoje se revela de modo flagrante em países europeus e América do Norte", escreve a pesquisadora, em artigo publicado no Globo.
"Felizmente entre nós, não viceja a mobilização anti-vax, com retórica de liberdade individual irrestrita. Tem sido frustras por aqui as tentativas e bravatas se aproveitando das crianças, no óbvio apelo que essas despertam. Na França, ao contrário, se chega ao cúmulo de deputados que defendem a política de vacinação encontrarem na entrada de suas casas, bonecas vudu deformadas, e com bilhetes violentos, colocadas por grupos anti vacina. Mesmo que torpes e anônimos, são facilmente identificáveis, em clara ameaça às famílias contra o que esses chamam de 'ditadura sanitária'. Inacreditável, no berço do Iluminismo", pontua.
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