Resultados promissores de estudos aumentam esperanças de vacinas para Covid-19
Dados de testes clínicos de três potenciais vacinas para a Covid-19 foram publicados nesta segunda-feira, incluindo os de uma forte candidata da Universidade de Oxford, aumentando a confiança de que a vacina pode faça o sistema imunológico reagir contra o coronavírus sem provocar efeitos colaterais graves
Reuters - Ainda não está claro se alguma dessas iniciativas resultará em uma vacina capaz de proteger bilhões de pessoas e encerrar a pandemia global que já tirou mais de 600 mil vidas. Todas elas precisarão de estudos maiores para provar que podem prevenir infecções com segurança.
A vacina da farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford induziu uma resposta imunológica em todos os participantes do estudo que receberam duas doses da fórmula sem apresentar efeitos colaterais sérios.
Outra vacina desenvolvida pela CanSino Biologics e pela unidade de pesquisa do Exército chinês também mostrou ser segura e induziu uma reação imunológica na maioria dos 508 voluntários saudáveis que receberam uma dose.
Cerca de 77% dos voluntários experimentaram efeitos colaterais como febre ou dores no local da injeção, nenhum deles considerado grave.
Tanto as vacinas da AstraZeneca quanto a da CanSino usam um vírus inofensivo da gripe para carregar o material genético do novo coronavírus dentro do corpo. Estudos sobre as duas vacinas foram publicados na revista científica The Lancet.
“De maneira geral, os resultados de ambos os testes são amplamente semelhantes e promissores”, disseram os especialistas em vacinas Naor Bar-Zeev e William Moss, da escola Johns Hopkins Bloomberg de Saúde Pública.
Mas a candidata da CanSino mostrou sinais de que as pessoas que haviam sido anteriormente expostas ao adenovírus específico contido na vacina tinham uma resposta imunológica reduzida.
Os autores do estudo classificaram isso como “o maior obstáculo” a ser superado pela vacina.
A empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer publicaram detalhes de um pequeno estudo conduzido na Alemanha com um tipo diferente de vacina que usa ácido ribonucleico (RNA) - um mensageiro químico que contém instruções para a fabricação de proteínas.
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