Aziz reage ao desfile militar de Bolsonaro: “cena patética de hoje não intimidará o Congresso”
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, fez um duro discurso em resposta ao desfile militar convocado por Bolsonaro para a manhã desta terça: "uma clara tentativa de intimidar parlamentares". Ele disse que ação “mostra apenas uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu"
247 - O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), abriu a audiência desta terça-feira (10) com um duro discurso em resposta ao desfile militar realizado pouco antes na Esplanada dos Ministérios por convocação de Jair Bolsonaro. Aziz disse que foi "uma clara tentativa de intimidar parlamentares", mas classificou o evento como uma "cena patética", "que mostra apenas uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu". Ele assegurou que “não haverá voto impresso”.Depois de seu discurso, Aziz foi secundado pelos senadores Humberto Costa (PT-PE), Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e outros, que apoiaram o discurso e condenaram Bolsonaro em termos duros.
Aziz disse ainda que “O Congresso Nacional não pode ser curvar a isso [...] Nós senadores não nos curvaremos a arroubos" e que "Estamos a postos para defender a democracia. A democracia é inegociável". Ele disse ainda que “quem está apoiando esse tipo de ato não pode passar impune".
Ele classificou o ato como “ataque frontal à democracia” e disse que “o papel das Forças Armadas é defender a democracia e não ameaça-la”.
“Bolsonaro imagina, com isso, estar mostrando força. Mas, na verdade, está evidenciando toda fraqueza de um presidente, acusado pelas investigações de corrupção, inclusive desta CPI. E pela incompetência administrativa que provoca mortes, fome e desemprego em meio a uma pandemia sem controle”, disse Omar Aziz.
“O presidente cria uma encenação, uma coreografia, para mostrar que tem o controle das Forças Armadas e pode fazer o que quiser com o país. E um absurdo inaceitável. Não é um teatro sem consequências, mas um ataque frontal à democracia que precisa ser repudiado. O papel das Forças Armadas é defender a democracia e não ameaçá-la”, prosseguiu o presidente da CPI.
“Desfiles como esses, serviriam para mostrar força para conter inimigos externos, que ameaçassem a nossa soberania. As Forças Armadas jamais podem ser utilizadas para intimidar sua população, seus adversários ou atacar a oposição legitimamente constituída”, declarou o parlamentar.
Aziz disse ainda que “em apenas dois anos e meio de mandato, Bolsonaro colocou o país nessa situação vexatória. Degradou as instituições e rebaixou as Forças Armadas, formada em sua grande maioria por homens sérios e honrados”.
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