Médicos da Prevent Senior tinham meta para receitar kit Covid e até enfermeiros assinavam prontuário
A jornalista Chloé Pinheiro, da Veja, denunciou que a Prevent Senior chegou a colocar falsos pacientes para espionar os médicos e ver se eles estavam realmente prescrevendo a hidroxicloroquina. “O clima era de tensão e autoritarismo”, destacou
247 - A jornalista Chloé Pinheiro, da Veja, informou, no Twitter, que médicos da rede Prevent Senior, alvo da CPI da Covid no Senado, tinham meta para receitar kit Covid. “A história da Prevent Senior é muito escabrosa, nível Mengele mesmo”, escreveu na rede social, nesta quinta-feira, 16.
A jornalista informa que conversou com um dos médicos demitidos pela empresa, que teria contado “para além das mortes no ‘estudo’ da cloroquina”, em que o plano de saúde Prevent Senior ocultou mortes de participantes de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, com o objetivo de tratar a Covid-19.
“Os coordenadores acompanhavam as prescrições do kit Covid, como num esquema de meta a ser batida numa loja. Quando o médico prescrevia menos ou não prescrevia, era chamado para conversar e pressionado a mudar de conduta”, informou.
Segundo ela, o médico declarou que “a regra era, 'espirrou no PS, entrega o kit".
Isso teria causado uma crise dentro da instituição, pois “vendo na prática que a tática não só não funcionava, como aumentava o risco de complicações, alguns médicos passaram a entregar os medicamentos, mas avisando os pacientes para não tomarem”.
“Depois de um tempo, se espalhou entre os profissionais o boato de que a própria Prevent estava enviando pacientes falsos ao PS para checar a conduta dos médicos. O clima era de tensão e autoritarismo”, destacou a jornalista.
Confira a denúncia da jornalista
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