Mulher que perdeu marido para Covid cita tortura de Dilma na CPI: "me achei parecida"
A depoente Rosana Maria dos Santos Brandão não chorou ao falar sobre a perda que sofreu por conta da pandemia, e atribuiu sua resiliência ao espírito de luta da ex-presidente Dilma Rousseff
247 - Durante a sessão desta segunda-feira (18) da CPI da Covid, diversos depoentes se emocionaram ao relatar a dor das perdas que sofreram por conta da pandemia da Covid-19.
A depoente Rosana Maria dos Santos Brandão, no entanto, não chorou ao falar sobre o assunto, e atribuiu sua resiliência ao espírito de luta da ex-presidente Dilma Rousseff.
Questionada pelo senador Humberto Costa (PT-PE), Brandão lembrou de uma declaração da ex-presidente sobre as torturas durante a ditadura militar.
"Todas as pessoas perderam, estão sofrendo de uma maneira ou de outra. Pouco tempo atrás ouvi a ex-presidente do país, e a repórter perguntou, na época que ela era presidente, se ela chorava durante as torturas da ditadura civil-militar", disse a vítima da pandemia.
"A presidenta dizia que não chorava na tortura e que não devia chorar, que era assim que conseguia lidar com isso. Me achei bastante parecida. Quando se está sendo torturado é óbvio que chore e dá vontade de chorar, mas algumas pessoas conseguem lidar de maneira diferente. Não significa que há mais ou menos sofrimento, mas são diferentes maneiras de lidar com isso", lembrou ela.
"Tenho orgulho de ser assim, até porque quem falou isso foi uma mulher forte que já esteve aqui algumas vezes falando com vocês".
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