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    Witzel: 'no dia em que a polícia prendeu os assassinos de Marielle, o presidente parou de falar comigo'

    Em coletiva após o depoimento à CPI, o ex-governador do Rio voltou a associar a execução da vereadora Marielle Franco com Jair Bolsonaro e afirma que a partir da prisão de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, em março de 2019, Bolsonaro não se relacionou mais com o então aliado político. Assista

    (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | ABr)
    Aquiles Lins avatar
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    247 - O ex-governador do Rio Wilson Witzel deu mais informações nesta quarta-feira (16) sobre sua relação com Jair Bolsonaro após a prisão dos autores do assassinato da vereadora Marielle Franco. 

    Em entrevista coletiva após seu depoimento à CPI da Covid, Witzel disse que após ter assumido cargo de governador, em janeiro de 2019, dois meses depois, o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz, acusados pelo homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes, foram presos. 

    "A investigação começa durante a intervenção. Após o término de 2018, já havia indícios suficientes para prender aqueles que foram executores do crime. Eu não sabia quem eram nem onde estavam. Mas como o meu programa de governo dava independência à polícia e exigia que o caso Marielle seria esclarecido, a polícia chegou aos dois que moravam no condomínio do presidente [Jair Bolsonaro] a partir daquele momento, o presidente não falou mais comigo", afirmou Witzel.  

    Confira: 


    Witzel disse ter um "fato gravíssimo a revelar" relacionado a possíveis intervenções do governo federal em sua administração, mas só poderia dizê-lo em uma sessão em segredo de Justiça.

    Durante o depoimento à CPI, Wilson Witzel já havia dado detalhes sobre a prisão de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. 

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    Relembre o caso Marielle Franco

    A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foram executados no Estácio, bairro na Região Central do Rio, em 14 de março de 2018. Os dois foram atingidos por tiros de uma submetralhadora por homens em um carro que seguia por onde eles estavam, na Região Central do Rio.

    Ronnie Lessa é apontado na denúncia como o autor dos disparos. Ele estaria no banco de trás do Cobalt que perseguiu o carro da vereadora. Segundo a investigação, Élcio de Queiroz dirigia o Cobalt usado para perseguir as vítimas. Até hoje, não se sabe quem mandou matar Marielle.

    Só em 12 de março de 2019, dois dias antes de completar um ano do crime, os dois foram presos. Ronnie estava em sua casa em um condomínio na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, o mesmo onde o presidente Jair Bolsonaro tem residência. Élcio mora na Rua Eulina Ribeiro, no Engenho de Dentro.

    Ronnie Lessa e Élcio Queiroz respondem por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas.

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