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Cocaína rosa: entenda os riscos da droga que causou alerta após caso de Liam Payne

Droga conhecida popularmente como "cocaína rosa" ou "tusi" voltou a chamar atenção após ser encontrada no corpo do cantor Liam Payne

(Foto: Carlos Jasso/Reuters)

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247 - A droga conhecida popularmente como "cocaína rosa" ou "tusi" voltou a chamar atenção após ser encontrada no corpo do cantor Liam Payne, segundo informações divulgadas pela rede de reabilitações UKAT. Trata-se de um alucinógeno cuja composição e efeitos são imprevisíveis, e que carrega consigo um histórico preocupante de uso recreativo em festas e boates.

O "tusi" é uma adaptação do termo 2C-B, uma substância alucinógena sintetizada pela primeira vez na década de 1970, nos Estados Unidos, e proibida mundialmente desde 2001. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a droga também é conhecida como "água feliz", enquanto a UKAT menciona apelidos como "Eros" e "Vênus".

A fabricação do "tusi" é um dos aspectos que mais preocupam especialistas e autoridades. Conforme reportado pelo jornal El País, tanto criminosos organizados quanto amadores conseguem produzir a droga sem grandes dificuldades, o que resulta em composições extremamente variáveis. "É comum cada produtor adicionar o seu 'toque secreto', que geralmente inclui opioides, metanfetamina, benzodiazepínicos e, em alguns casos, alucinógenos como LSD e mescalina, e até fentanil", relatou o El País. Essa variabilidade torna a droga ainda mais perigosa, pois o fentanil, por exemplo, é um potente anestésico que, quando combinado com álcool, pode ser fatal.

A organização Energy Control, que atua na redução de danos do uso de substâncias, alerta que a combinação de ingredientes na "cocaína rosa" pode levar a efeitos que variam bastante. Se a droga contém cetamina, por exemplo, os efeitos são mais dissociativos, enquanto a presença de MDMA ou cafeína tende a provocar mais estimulação. No entanto, a variedade e a incerteza das combinações fazem com que o consumo seja sempre um risco. "Dependendo de cada combinação e usuário, também podem ocorrer sintomas como sonolência, diminuição da dor, liberação de serotonina, dopamina e noradrenalina," explica a Energy Control.

Efeitos perigosos e implicações legais

Um dos efeitos mais alarmantes associados ao "tusi" é a possibilidade de provocar uma "psicose tóxica". Em casos extremos, isso pode evoluir para episódios psicóticos e danos neurológicos, comprometendo funções cognitivas como a atenção e a memória. A polícia de Nova York já identificou ligações entre o uso da droga em boates e casos de violência sexual, principalmente devido ao estado de confusão e amnésia que ela pode induzir. "A droga pode levar à amnésia, o que é conveniente para os agressores," destacou um porta-voz da polícia, enfatizando a gravidade do problema.

Além das preocupações com incidentes de violência, a incerteza sobre a formulação do "tusi" também tem sido associada a acidentes de trânsito fatais, overdoses e outros incidentes violentos. Essa imprevisibilidade na composição e nos efeitos da droga coloca os usuários em um estado de vulnerabilidade extrema, muitas vezes sem que eles tenham consciência plena dos riscos que estão assumindo ao consumir a substância.

O caso envolvendo Liam Payne trouxe novamente o foco para os perigos da "cocaína rosa", acendendo um alerta para o crescente consumo recreativo dessa substância e a necessidade de maior conscientização sobre seus efeitos.

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