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      Democracia brasileira é tema de nova mostra na Itaú Cultural Play

      Doze novos filmes entram no catálogo da plataforma de streaming do Itaú Cultural nesta sexta-feira

      Mostra "Viva a democracia"
      Gisele Federicce avatar
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      O exercício da democracia, uma das principais pautas das eleições federal e estadual deste ano no país, é o tema principal de uma das duas mostras que a plataforma de streaming do cinema e audiovisual brasileiro, Itaú Cultural Play disponibiliza a partir da sexta-feira, dia 27, em www.itauculturalplay.com.br. Entre documentários e ficções, histórias de paixão, debate, ética, convencimento e esperança para os brasileiros, doze títulos revelam como o assunto foi visto pelo cinema brasileiro ao longo de sete décadas. A curadoria é do pesquisador e crítico Carlos Alberto Mattos. 

      Na mostra Viva a Democracia, o curta-documental Maranhão 66 (1966) é considerado pela crítica como um dos mais importantes filmes da década de 60. A produção foi encomendada pela equipe de publicidade de José Sarney ao produtor Luiz Carlos Barreto que, por sua vez, convidou Glauber Rocha e Fernando Duarte para dirigirem o filme. O objetivo era documentar a sua candidatura a governador do Maranhão, em eleições indiretas das quais saiu vitorioso, e a sua posse dois anos após o golpe que instaurou a ditadura civil-militar no Brasil. Ao discurso do político eleito, opõem-se imagens de problemas crônicos da região, como a pobreza.

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      Braços Cruzados, Máquinas Paradas

      Seguindo pela época da ditadura, o documentário Pinto vem aí (1977), de Olney São Paulo, conta como foram os preparativos na cidade de Feira de Santana, na Bahia, para receber o ex-deputado Francisco Pinto. Cassado e preso pela ditadura brasileira por discursar contra Augusto Pinochet, ditador chileno, ele retorna à cidade baiana aos gritos de “Pinto vem aí!”, representando a oposição nas futuras eleições. 

      Braços cruzados, máquinas paradas (1979), de Sergio Toledo Segall e Roberto Gervitz, mostra o princípio de uma grande mudança estrutural no movimento operário no país, prestes a entrar na década de 1980. Começava a ser desenhar um processo de abertura política e o começo de greves e manifestações sociais. Em 1979, três chapas concorriam à direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, um dos maiores da América Latina. Aos poucos, a estrutura sindical do país, as relações entre governo e empresariado, e o descontentamento geral passaram a movimentar uma população que exigia melhores condições de trabalho, liberdade e direito ao voto direto. 

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      Sementes - Mulheres pretas no poder

      Com direção de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer, Terceiro milênio (1980) documenta a trajetória do senador Evandro Carreira pela região do Alto Solimões, na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Com o objetivo de percorrer bases eleitorais e discutir questões relacionadas ao meio-ambiente, o político expõe o abandono vivido pelas comunidades indígenas da região. No trajeto, são ouvidos indígenas, madeireiros, sertanistas e representantes da Funai.

      Entrando no período democrático do país, o documentário Entreatos (2004), o cineasta João Moreira Salles mostra os bastidores da quarta campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, que culminou em sua vitória nas eleições de 2002. Com registros exclusivos do então candidato ao Palácio do Planalto, o documentário revela o cotidiano da campanha presidencial. 

      Documentário sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, Sementes –Mulheres pretas no poder (2000), das cineastas Éthel Oliveira e Júlia Mariano, mostra a batalha delas em suas candidaturas políticas no Rio de Janeiro. Com poucos recursos e lutando contra o preconceito em um ambiente machista e elitista, as candidatas mostram como é possível transformar o luto em luta.

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      Entreatos

      Esta mostra é completada por Doces poderes (1995), de Lúcia Murat, Vocação do poder (2005), de Eduardo Escorel e José Joffily, Gretchen – Filme de Estrada (2009), de Eliane Brum e Paschoal Samora, A cidade é uma só? (2013), de Adirley Queirós, Eleições (2018), de Alice Riff, e Camocim (2018), de Quentin Delaroche. 

      Itaú Cultural Play

      Prestes a completar um ano de seu lançamento, em 19 de junho de 2021, dia da celebração do cinema brasileiro, a Itaú Cultural Play é uma plataforma de streaming gratuita que oferece produções audiovisuais de todos os estados brasileiros, inclusive com mostras especiais com curadorias de coletivos de jovens das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Hoje, com mais de 300 produções audiovisuais, a Itaú Cultural Play apresenta curadorias como Animações infantil e adulta, Documentários, Curtas-metragens, Autorias Indígenas e Negras e Musicais. 

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