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    "A indústria da fake news está trabalhando para a alta do dólar", denuncia Paulo Pimenta (vídeo)

    Ministro prometeu a punição dos envolvidos na disseminação das informações falsas que mexeram com o câmbio: "serão encontrados e responsabilizados"

    Ministro Paulo Pimenta (Foto: Agência Brasil)

    247 - A recente disparada do dólar nesta terça-feira (17), que se estende para esta quarta-feira (18), ganhou um novo capítulo após o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), Paulo Pimenta (PT), acusar a disseminação de fake news como responsável pela instabilidade cambial. Em publicação no X, antigo Twitter, o ministro afirmou que declarações falsas atribuídas a Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, foram espalhadas por um perfil na rede social e amplificadas por influenciadores financeiros.

    “A indústria da fake news está trabalhando para a alta do dólar. Segundo apuração da GloboNews, um perfil vinha divulgando aqui no X uma série de declarações falsas atribuídas a Gabriel Galípolo. Influenciadores do setor financeiro repercutiram as mentiras, causando pânico no mercado e fazendo o dólar disparar ontem", publicou, prometendo punição aos envolvidos na disseminação de informações falsas. "O perfil de fake news foi apagado, mas os criminosos serão encontrados e responsabilizados. A internet não é terra sem lei e quem comete crimes contra o Brasil não ficará impune!”, declarou Pimenta.

    O episódio começou quando um perfil com cerca de 3,5 mil seguidores publicou declarações fictícias de Galípolo. Uma das falas atribuídas ao futuro presidente do Banco Central mencionava o dólar como “moeda estadunidense” e previa uma cotação de R$ 5. Outra afirmação enganosa sugeria que “a moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influência que o dólar exerce no nosso mercado”. As mensagens rapidamente se espalharam entre analistas e investidores.

    A reação nos mercados foi imediata. A incerteza gerada pelas publicações impulsionou o valor da moeda norte-americana, desencadeando instabilidade no câmbio. Embora o perfil tenha sido excluído, o impacto econômico já estava consolidado.

    Pedro Barciela, analista de redes sociais especializado em política, também criticou o uso de fake news para manipulação de mercados financeiros. “É um ataque especulativo feito por atores da fintwit no X, usando declarações falsas atribuídas ao Gabriel Galípolo. Muitos deles apagaram as publicações, outros já excluíram os perfis. O ataque durou menos de duas horas”, afirmou Barciela. Ele ainda destacou que esses atores frequentemente adotam uma postura ideológica disfarçada de análise técnica para influenciar a opinião pública.

    O Banco Central, atualmente presidido por Roberto Campos Neto, enfrenta um momento de transição. Gabriel Galípolo, já aprovado pelo Senado com 66 votos a favor e 5 contrários, assumirá o comando da autoridade monetária em janeiro de 2025. A sucessão coloca ainda mais pressão sobre o cenário econômico, especialmente diante de episódios como o recente ataque especulativo nas redes sociais.

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