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    Acordo com Cingapura é porta de entrada para Mercosul na Ásia, diz Alckmin em abertura de cúpula

    "Este será o primeiro acordo de livre comércio do Mercosul em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático", disse o vice-presidente, Geraldo Alckmin

    Reunião de ministros da Fazenda e chanceleres durante cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro 06/12/2023 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

    Reuters - O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira, na abertura da reunião de cúpula do Mercosul, que a assinatura de um acordo de livre comércio do bloco com Cingapura durante o encontro será uma "porta de entrada" para os países sul-americanos na Ásia e na Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

    "Este será o primeiro acordo de livre comércio do Mercosul em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático. Essa integração fortalece os laços econômicos entre o Brasil, o Mercosul e a região asiática, criando oportunidades para maior diversificação das exportações e investimentos", disse Alckmin.

    A reunião de cúpula do bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai terá a presença dos quatro presidentes na quinta-feira, quando será assinado o acordo com Cingapura.

    Também havia a expectativa de que o encontro no Rio de Janeiro marcasse o anúncio de conclusão do acordo do bloco com a União Europeia, mas essa possibilidade ruiu nos últimos dias perante percalços maiores do que estavam sendo antecipados pelos negociadores.

    No fim de semana, o presidente da França, Emmanuel Macron, foi incisivo ao dizer que não concorda com o acordo e que ele está ultrapassado, na declaração mais forte contrária às negociações que deu até hoje.

    Mas, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o maior impedimento que surgiu foi de fato a intenção do atual governo argentino de não assinar o acordo já que um novo presidente, Javier Milei, assume o cargo apenas três dias depois da cúpula do Mercosul.

    Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que continuará tentando fechar o acordo e só poderá dizer que não foi possível ao final da cúpula desta semana.

    Em seu discurso de abertura do encontro, Alckmin afirmou que há um compromisso do bloco sul-americano e da União Europeia em torno de um entendimento sobre o acordo comercial.

    “Quero também ressaltar os avanços importantes nas negociações entre Mercosul e União Europeia. Destaco os compromissos de ambos os lados em prol de um entendimento equilibrado no futuro próximo e a partir das bases sólidas que construímos nos últimos meses de engajamento intenso”, disse o vice-presidente.

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