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Agronegócio brasileiro cresce quatro vezes em 20 anos e equivale ao PIB da Argentina

Em termos de produção, o agronegócio cresceu três vezes mais do que a expansão territorial das plantações, o que mostra um ganho na produtividade por meio de tecnologia e pesquisa

Colheita de milho (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

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247 - O agronegócio brasileiro espera para 2023 uma safra de 300 milhões de toneladas. Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do país (em números deflacionados) cresceu mais de quatro vezes, saltando de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões. O valor atual equivale ao PIB da Argentina, informa o Estado de S. Paulo.

O PIB do agronegócio é calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo e só será divulgado em março, mas deve ficar próximo de US$ 500 bilhões, segundo a pesquisadora Nicole Rennó, da área de macroeconomia do Cepea.

"Diferentemente do que aconteceu no setor urbano, seja na indústria ou em serviços, o crescimento do agronegócio é persistente e essa é a primeira lição que o agro dá. Crescer sempre é mais importante do que crescer muito em alguns anos e cair nos anos seguintes. É um crescimento sustentável, o que torna o agronegócio bastante competitivo", diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, destacando os últimos 40 anos de crescimento do setor, acentuado nos últimos 20.

De acordo com o especialista, o crescimento se deve ao investimento em  pesquisa e em políticas públicas para o campo.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2023 o Brasil vai se firmar como o terceiro maior produtor mundial de cereais, caso a estimativa de uma safra de 300 milhões de toneladas se confirme. O país ficaria atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

Os últimos 20 anos foram de um crescimento de 258% no tamanho da safra. Há 20 anos, a safra de grãos era de 120,2 milhões de toneladas. Hoje é de 310,6 milhões. A área plantada passou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, um aumento de 76,5%. 

O número evidencia que o crescimento da produção foi três vezes maior que a expansão territorial das plantações, o que comprova um ganho de produtividade com os investimentos em pesquisa e tecnologia.

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