Airbus condena sanções contra a Rússia na área aeroespacial
Gigante na área de aviões diz que as sanções fazem mal às empresas, mas não à economia russa
Reuters - A Airbus pediu nesta terça-feira à Europa que não bloqueie as importações de titânio da Rússia, dizendo que as sanções ao metal estratégico prejudicariam o setor aeroespacial e mal prejudicariam a economia russa.
Ampliar a ação tomada após a invasão da Ucrânia pela Rússia ao titânio, usado em aviões e motores a jato, "não seria apropriado", disse o presidente-executivo Guillaume Faury em uma reunião anual de acionistas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu repetidamente aos governos ocidentais que imponham sanções econômicas mais fortes à Rússia.
A União Europeia disse na segunda-feira que mais sanções são uma opção e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse no sábado que os aliados de Kiev continuarão a pressionar Moscou.
A Rússia é o maior produtor de titânio, um metal estratégico valorizado por sua resistência em relação ao seu peso.
Até agora, a UE evitou proibir commodities russas além de aço e carvão, e o titânio permanece isento de restrições ao comércio com a Rússia.
"A Airbus está aplicando e continuará aplicando as sanções integralmente", disse um porta-voz da empresa.
"As sanções ao titânio russo dificilmente prejudicariam a Rússia, porque representam apenas uma pequena parte das receitas de exportação lá. Mas prejudicariam massivamente toda a indústria aeroespacial em toda a Europa", acrescentou o porta-voz.
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