Alckmin diz que "responsabilidade fiscal é essencial" e afirma que Lula vai "garantir mercado para o agronegócio"
Candidato a vice-presidente de Lula, o ex-governador também se colocou contra a privatização de grandes estatais: "os grandes temas hoje são concessão e parceria público privada"
247 - Candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), em entrevista ao UOL nesta terça-feira (29) falou sobre temas econômicos que serão pauta num eventual terceiro governo Lula.
Alckmin falou em responsabilidade fiscal, teto de gastos, agronegócio, reforma trabalhista e tributária e privatizações.
"A responsabilidade fiscal é essencial. Lula teve superávit primário todos os anos. Uma regra que engessa não é adequada. Que teto é esse que você conseguiu fazer 10% de déficit? Pandemia, o México também teve e fez 3% de déficit", ironizou.
Perguntado sobre uma possível privatização da Petrobrás, Alckmin declarou ser contra. "Não sou favorável à privatização das grandes estatais. Os grandes temas hoje são concessão e parceria público privada. Precisamos trazer investimento com bom marco regulatório, segurança jurídica e agências de Estado".
Sobre a reforma trabalhista, ele falou em "aperfeiçoar", e não "revogar". "O mundo do trabalho tem muita novidade. É preciso aperfeiçoar a reforma trabalhista para novas formas de trabalho, como os aplicativos".
Ele também observou a importância de expandir os negócios internacionais do país, bem como reindustrializar o Brasil. "A China é importantíssimo parceiro comercial, mas é preciso ter outros. Também precisamos recuperar a indústria".
Sobre a criação de empregos, comentou: "agenda de competitividade, desburocratizar, educação básica de qualidade e acordos internacionais. Logística e infraestrutura. Você gera emprego na veia".
"Eu estou repetindo propostas que o presidente Lula colocou no programa de governo. Não é incompatível a eficiência econômica e o cuidado social. É preciso uma boa sinergia", resumiu.
Alckmin é cotado para assumir o Ministério da Economia de Lula, ainda que a tendência é que outro seja escolhido, já que, como vice, ele não poderia ser demitido em caso de necessidade. Ainda sim, espera-se que ele tenha papel fundamental no governo.
Ele foi questionado sobre assumir a Economia do governo Lula, mas preferiu não dar respostas definitivas.
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