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    Alexandre de Moraes atende Americanas e impede investigação sobre a fraude na empresa

    Moraes entendeu que a busca e apreensão nos e-mails das Americanas coloca em risco o sigilo de comunicação entre advogado e cliente

    Alexandre de Moraes, Bradesco e Americanas (Foto: STF | ABR | Divulgação)

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    247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu decisão liminar nesta quinta-feira (16) impedindo que o banco Bradesco tenha acesso a documentos e emails apreendidos em vistoria relacionada à Lojas Americanas. 

    "Em virtude da iminência da realização da diligência determinada, determino a imediata comunicação ao Juízo reclamado, que deverá providenciar o imediato cumprimento da medida, impedindo o início ou a continuidade de eventual extração de dados, determinando a restituição à reclamante Americanas de eventual material já extraído das caixas postais, mantendo-se o sigilo de seu conteúdo", afirmou o ministro na decisão.

    A Americanas recorreu ao STF argumentando que o eventual acesso a troca de emails entre advogados e a diretoria da empresa violaria o sigilo profissional. 

    O Bradesco é um dos principais credores das Lojas Americanas, com R$ 4,8 bilhões a receber da companhia. A dívida total do grupo é de R$ 47,9 bilhões, R$ 6,6 bilhões a mais que o informado inicialmente, a milhares de credores.

    >>> Americanas escolhe novo presidente para comandar varejista

    Leia também matéria da Agência Brasil sobre o assunto: 

    Os acionistas de referência das Americanas, Jorge Paulo Lemann, Alberto Sicupira e Marcel Telles, propuseram hoje (16) aos credores financeiros do grupo um acordo que prevê aporte de capital em dinheiro de R$ 7 bilhões. Segundo fato relevante divulgado ao mercado, após a reunião do grupo, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), não houve acordo.

    O Grupo Americanas teve pedido de recuperação judicial aceito pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro no mês passado, após inconsistências contábeis alegadas pelo grupo terem gerado um montante de mais de R$ 40 bilhões em dívidas.

    A tentativa de acordo foi apresentada aos bancos e outros credores financeiros pela Rothschild & Co, assessoria contratada para interagir com credores. O trio de bilionários aumentaria seu capital na companhia com o aporte, que considera um financiamento de R$ 2 bilhões já captado, que também seria convertido em capital.

    A proposta incluía ainda recompra de dívida por parte da companhia da ordem de R$12 bilhões e a conversão de dívidas financeiras no montante total de cerca de R$ 18 bilhões de reais, parte em capital e parte em dívida subordinada.

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