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    Após reunião com Lula, ministros dizem esperar recuo no preço dos alimentos nos próximos meses

    Paulo Teixeira afirmou que "é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo". A alta, segundo ele, ocorreu "em função de questões climáticas"

    Paulo Teixeira e Carlos Fávaro (Foto: TV Globo/Reprodução)

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    247 - Nesta quinta-feira (14), os ministros Paulo Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário, e Carlos Fávaro (PSD), da Agricultura, reuniram-se com o presidente Lula (PT) para abordar o aumento nos preços dos alimentos. A audiência também contou com a participação do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, segundo o g1. A alta nos preços dos alimentos, evidenciada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tem sido objeto de discussão no cenário político e econômico do país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação geral atingiu 0,83% em fevereiro, com o grupo de alimentação e bebida entre os principais responsáveis por esse índice.

    Paulo Teixeira e Carlos Fávaro atribuíram o aumento aos impactos das condições climáticas adversas sobre a produção agrícola. Em declarações à imprensa após a reunião, os ministros destacaram o papel das altas temperaturas no Centro-Oeste e das enchentes no Sul, que prejudicaram a produção de alimentos e influenciaram diretamente os preços. Para Teixeira, é evidente que já houve uma redução nos preços ao produtor e que essa tendência deve se intensificar nos próximos meses. Ele ressaltou que o aumento nos preços foi consequência direta das questões climáticas enfrentadas pelo setor agrícola. "O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta de alimentos ocorrida no final do ano porque, de fato, é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo. Todas as evidências é de que já baixou [o preço], teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor. Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas".

    Carlos Fávaro exemplificou a queda nos preços do arroz, que passou de R$ 120 para cerca de R$ 100 por saca, como um reflexo das ações governamentais e das condições favoráveis que estão se estabelecendo. Ele expressou confiança de que essa redução chegará ao consumidor final em breve, com expectativa de queda dos preços já em abril. "A gente espera que, com o caminhar da colheita de arroz, que chegamos a 50%, 60% nos próximos dias, que esse preço ainda ceda um pouco mais, que é a tendência natural. Mas reforçar que é importante que os atacadistas repassem estes preços ao consumidor".

    Ambos os ministros destacaram a importância de medidas a serem adotadas pelo governo, através do Plano Safra, que será lançado no meio deste ano. Essas medidas visam incentivar a produção de alimentos como arroz, feijão, trigo, milho e mandioca, buscando estabilizar os preços e garantir o abastecimento do mercado interno.

    Apesar das altas nos preços de alimentos como cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida, o governo enfatizou uma expectativa de desaceleração nos próximos meses, conforme as condições climáticas se estabilizem e a produção se recupere.

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