Bacia de Pelotas apresenta similaridades com a Bacia da Namíbia, a ‘nova Guiana’, diz presidente da Petrobras
Magda Chambriard prevê ainda que o Campo de Búzios chegará, “num futuro próximo”, a uma produção de 1,5 milhão de barris de petróleo por dia
247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou nesta segunda-feira (24) o potencial da Bacia de Pelotas para a exploração de petróleo no litoral do Rio Grande do Sul. Magda discursou durante uma cerimônia de assinatura do contrato de ampliação da frota da Petrobras e Transpetro, em Rio Grande.
Em sua fala, a presidente da Petrobras destacou os resultados alcançados pela estatal nos últimos anos. “Somos uma empresa estatal, alinhada com políticas públicas e cientes das necessidades da população brasileira. A gente não esquece esse papel. No ano passado, operamos 90% da produção de petróleo do país. Isso tornou o Brasil o grande exportador de óleo cru. Se tornou o primeiro produto de exportação brasileira. Outro número que surgiu do nosso planejamento estratégico é um número muito incrível: 31% de toda a energia primária consumida no nosso país foi fornecida pela Petrobras. E no ano passado pagamos em termos de tributos R$270 bilhões”, disse.
Magda também comentou sobre as perspectivas da companhia para o futuro. “O plano estratégico 2025-2029 prevê investimentos de US$111 bilhões neste quinquênio, em atividades que vão desde exploração e produção de petróleo e gás, passam pela logística, ampliação de parques de refino, fabricação de fertilizantes e petroquímicos, captura de CO2 e transição energética”, explicou.
Na sequência, a presidente da Petrobras afirmou que os estudos da estatal apontam para um grande potencial da Bacia de Pelotas. “No que diz respeito às atividades de exploração e produção, vamos contar neste quinquênio com atividades exploratórias em diversos blocos operados pela Petrobras, dentre eles 29 blocos contratados aqui na Bacia de Pelotas, litoral do Rio Grande do Sul. Nossos estudos indicam grandes similaridades entre a Bacia de Pelotas e a Bacia da Namíbia, na África. A Bacia da Namíbia está explodindo, produzindo, e já está sendo chamada de ‘nova Guiana’. Nós continuamos trabalhando aqui e achando que esse potencial que se apresenta na Bacia da Namíbia nós temos que vir procurá-lo aqui, no estado do Rio Grande do Sul, na Bacia de Pelotas”, destacou.
Magda Chambriard também falou sobre a retomada da indústria naval brasileira. “Vamos contar também com a instalação de mais dez grandes plataformas até 2029, uma delas acabou de entrar a operação: a FPSO Almirante Tamandaré, a maior do Brasil, que já está contribuindo para que o Campo de Búzios tenha atingido a marca, nesta madrugada, de 800 mil barris de petróleo por dia. Esperamos que esse campo venha a produzir, num futuro próximo, pelo menos 1,5 milhão de barris por dia, uma produção muito superior a muitos países produtores de petróleo mundo afora”, afirmou.
“Para que tudo isso seja possível, até 2026 estamos contratando 44 novas embarcações de apoio e de transporte de bens, serviços e derivados. Barcos que vão demandar investimentos de mais de R$23 bilhões e que terão financiamento do Fundo de Marinha Mercante e depreciação acelerada. Isso vai garantir um importante mercado para nossa indústria nacional. Nós aspiramos chegar com esses barcos a conteúdos nacionais de até 65%, e isso não seria possível sem a parceria do governo federal”, completou.
Segundo a presidente da Petrobras, os investimentos na indústria naval ajudarão a criar cerca de 4 mil empregos no Rio Grande do Sul. “A aquisição desses navios vai demandar investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão e vai propiciar a contratação de cerca de 4 mil empregos, diretos e indiretos, aqui no Rio Grande do Sul a partir do segundo semestre deste ano”, declarou.
Por fim, Magda destacou a importância da Petrobras para a economia gaúcha. Além desses investimentos da Petrobras na exploração da Bacia de Pelotas, que esperamos que ainda traga contribuições inestimáveis aqui para o estado do Rio Grande do Sul e para a sociedade gaúcha, da contratação desses navios, precisamos dizer que tem mais no Rio Grande do Sul. Temos aqui duas refinarias. E nosso planejamento estratégico prevê investimentos em refino e fertilizantes na ordem de R$40 bilhões no quinquênio. Vão ser investimentos em São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, que vão gerar cerca de 130 mil postos de trabalho diretos e indiretos durante as obras de manutenção e manutenção programadas. Aqui no Rio Grande do Sul temos duas refinarias, e neste quinquênio estamos prevendo investimentos de R$8,5 bilhões, gerando até 24 mil postos de trabalho. Na Refap vamos investir R$3 bilhões até 2029, incluindo paradas programadas e ampliação de capacidade, que vão propiciar a criação de cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos. Neste ano serão 6 mil aqui na Refap, e R$240 milhões em investimentos”, concluiu.
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