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    Balança comercial da China melhora em junho e Brasil é destaque

    O comércio com o Brasil foi especialmente forte, com alta de 24,4% nas exportações e de 8,3% nas importações, informou o NBS

    Carros a serem exportados no porto de Yantai, China (Foto: China Daily via Reuters)

    Por Roberto de Lira, Infomoney - O Brasil foi destaque nos dados de comércio exterior da China divulgados nesta sexta-feira (12). As exportações do gigante asiático para todo o mundo cresceram 8,6% ante o mesmo mês do ano passado, para US$ 307,8 bilhões de dólares, sendo que as vendas para a América Latina avançaram 11,3% na mesma comparação. O comércio com o Brasil foi especialmente forte, com alta de 24,4% nas exportações e de 8,3% nas importações, informou o NBS, o órgão oficial de estatísticas.

    As autoridades chinesas citaram que o atual boom de veículos elétricos respondeu por mais de um terço das exportações para a região da América Latina.

    No primeiro semestre, as exportações da China atingiram US$ 1,71 trilhão, uma alta de 3,6% na comparação anual, enquanto as importações cresceram apenas 2%.

    O crescimento acima do esperado das exportações e a evolução mais lenta das importações levaram a China a registrar um superávit comercial de US$ 99,1 bilhões em junho, totalizado US$ 434,9 bilhões nos primeiros seis meses do ano, mais que os US$ 400,7 bilhões do mesmo período de 2023.

    As exportações para os principais mercados desenvolvidos foram comparativamente bastante fracas, com as exportações para os EUA (+1,5%), UE (-2,6%), Japão (-6,3%) e Coreia (-3,7%) dificultando o crescimento das vendas externas gerais.

    Segundo o jornal South China Morning Post, analistas disseram que o comércio exterior da China pode desacelerar no segundo semestre, em meio à escalada das tensões geopolíticas pelo resto do ano. Isso deve acontecer quando as tarifas punitivas da União Europeia e dos Estados Unidos entrarem em vigor.

    “[O crescimento das exportações em junho] indica que a demanda externa continua forte. Juntamente com os baixos preços dos produtos devido à pressão deflacionária da China e à taxa de câmbio relativamente baixa do yuan, os produtos chineses ainda compartilham competitividade robusta globalmente”, disse ao jornal Ding Shuang, economista chefe para a Grande China do Standard Chartered.

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