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    'Bolsonaro vai deixar a herança mais maldita da história do Brasil', afirma Paulo Teixeira

    Deputado federal reeleito Paulo Teixeira afirma que o governo Lula irá receber "uma economia em frangalhos"

    Paulo Teixeira e Jair Bolsonaro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Alan Santos/PR)
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    Rede Brasil Atual - Duas semanas após o segundo turno que garantiu o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a inflação voltou a subir no país. Após três meses de deflação, principalmente os preços dos combustíveis e dos alimentos estão em alta novamente. Para o deputado federal reeleito Paulo Teixeira (PT-SP), isso mostra que as políticas do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), foram “extremamente eleitoreira, sem sustentabilidade”. Nesse sentido, o parlamentar afirma que o governo Lula vai receber “a herança mais maldita da história do Brasil”.

    “O povo brasileiro está vivendo dificuldades frente a um governo que promoveu um estelionato eleitoral. Mas graças a Deus, o povo brasileiro percebeu e não lhe deu a vitória. Pelo contrário, o derrotou. Mas ele deixa uma economia em frangalhos”, disse o deputado, entrevistado pelos jornalistas Cosmo Silva e Ana Rosa Carrara para o Revista Brasil TVT, neste sábado (12).

    Ele afirmou que o atual governo deixou um rombo no Orçamento que ultrapassa a casa dos R$ 300 bilhões. Ainda assim, faltam recursos para o Bolsa Família no valor de R$ 600, já que a peça orçamentária enviada ao Congresso previa apenas R$ 405 para pagamento do benefício.

    Além disso, falta dinheiro para garantir ganho real (acima da inflação) ao salário mínimo. Por outro lado, para engordar o chamado orçamento secreto, a atual gestão retirou recursos do programa Farmácia Popular. Até mesmo medicamentos para o tratamento de câncer estão em falta na rede pública. Teixeira criticou ainda o atual governo por não ter reajustado da tabela do Imposto de Renda, fazendo aumentar a carga tributária para a classe média baixa.

    PEC do Bolsa Família

    São essas questões que o novo governo pretende resolver com a aprovação da chamada “PEC da Transição”, ou “PEC do Bolsa Família”. De acordo com a equipe de transição, a ideia é retirar do Teto de Gastos cerca de R$ 195 bilhões, para pagamento do novo Bolsa Família. Assim, haveria espaço para recompor o Orçamento em outras áreas estratégicas. A previsão é que o texto com a proposta final da PEC seja apresentado na próxima quarta-feira (16).

    Por outro lado, Teixeira criticou o relatório apresentado nesta semana pelas Forças Armadas. O documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não encontrou fraude nas eleições. Mas aponta supostas brechas na segurança do sistema, estimulando o discurso golpista dos apoiadores de Bolsonaro.

    Sobre os bloqueios de rodovias por extremistas que não aceitam o resultado da eleição, o deputado ressaltou que os envolvidos deverão responder criminalmente por atentar contra o Estado democrático de direito. Também criticou a atuação das forças de segurança, em especial a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e algumas polícias militares estaduais que, em vez de acabar com os bloqueios, atuaram para facilitar a atuação dos golpistas. Desse modo, ele afirmou que os servidores públicos também terão que responder pelo crime de prevaricação.

    “O grande responsável é o presidente que tá lá, esse ‘capetão-capiroto’ que está no Palácio do Planalto. Nós agora estamos contando na agenda os dias para que ele saia, e possamos ver subir naquela rampa Luiz Inácio Lula da Silva”, frisou.

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