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Brasil atravessa expansão econômica impulsionada pelo saldo comercial e reformas, diz Mansueto Almeida, do BTG Pactual

Brasil tem saldo comercial recorde e pode fechar 2024 com superávit de US$ 75 bilhões, destaca o economista-chefe do BTG Pactual

Mansueto fala durante entrevista à Reuters em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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247 - O Brasil atravessa uma fase de expansão econômica impulsionada pelo recorde no saldo comercial e por reformas estruturais que fomentaram a atração de investimentos privados. Em evento promovido pela empresa de pagamentos Adyen em São Paulo, o economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida, destacou a relevância desse novo cenário, que reflete uma conjuntura mais favorável ao crescimento sustentável. Segundo ele, o país está no "melhor momento de saldo comercial" em décadas e deve encerrar 2024 com um superávit de aproximadamente US$ 75 bilhões. As informações foram inicialmente divulgadas pelo Broadcast.

Mansueto ressaltou que o desempenho da balança comercial tem sido um pilar essencial para a recuperação e estabilização econômica, mesmo após os desafios impostos pela pandemia e as flutuações no preço das commodities. "Antes da pandemia de 2020, o saldo da balança comercial no nosso melhor ano tinha sido de US$ 57 bilhões", recordou. Em 2022, o superávit atingiu um pico histórico de US$ 98,8 bilhões. Para este ano, embora os preços de commodities tenham recuado, a expectativa é de que o saldo positivo se mantenha robusto, com projeções de US$ 75 bilhões.

O economista destacou ainda o impacto positivo das reformas que permitiram a expansão dos investimentos em setores fundamentais, como infraestrutura e saneamento básico. Ele elogiou a continuidade dos leilões de concessão pelo governo Lula (PT), que reforçam a presença do setor privado no desenvolvimento do país e reduzem a dependência do orçamento público para investimentos estruturais.

A manutenção de um saldo comercial elevado e o avanço das concessões no setor privado, segundo Mansueto, indicam uma perspectiva de estabilidade econômica a longo prazo. Ele acredita que o cenário atual afasta o risco de uma nova crise como a de 2015 e 2016, que foi, segundo ele, resultado de "erros sucessivos de política econômica". As reformas implementadas desde então, tanto no campo macroeconômico quanto no microeconômico, foram, para ele, essenciais para corrigir a rota e garantir uma maior segurança no ambiente econômico.

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