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    Brasil não deve aderir a cortes de produção na OPEP+

    O governo Lula deu seu posicionamento após um grupo de países produtores de petróleo defender cortes voluntários de produção que se aproximam de 2 milhões de barris por dia

    Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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    (Reuters) - O Brasil espera ingressar no grupo de países produtores de petróleo OPEP+ em janeiro, após uma análise técnica completa, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na quinta-feira (30). No entanto, fontes afirmaram que não se espera que o Brasil participe dos limites de produção coordenados pelo grupo.

    O gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o recebimento do convite durante sua viagem à Arábia Saudita, mas disse que ele ainda não respondeu formalmente. 

    O gabinete do presidente e o Ministério de Minas e Energia não informaram se o Brasil participará como observador da OPEP+ ou como participante pleno nas cotas de produção compartilhada do grupo. Não se espera que o Brasil participe de quaisquer limites de produção da OPEP+, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram anonimato para discutir as discussões confidenciais.

    As nações da OPEP+ concordaram na quinta-feira com cortes voluntários de produção que se aproximam de 2 milhões de barris por dia (bpd) para o início do próximo ano. Silveira informou aos seus colegas da OPEP+ que o Brasil está ansioso para ingressar formalmente no grupo em uma futura reunião em Viena, após uma revisão técnica do seu estatuto de cooperação.

    "Está tudo pronto. Mas há uma fase de análise detalhada pela nossa equipe técnica do documento que acabamos de receber, o que faz parte do protocolo no Brasil", disse Silveira em português durante uma reunião virtual, onde seus comentários foram recebidos com uma ovação de pé pelos ministros da OPEP+.

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