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Brasil passa Bélgica como maior mercado de exportação para veículos elétricos e híbridos da China

Montadoras chinesas já começaram a elevar os investimentos para a produção local no Brasil

Lula recebe representantes da BYD (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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Reuters - O Brasil ultrapassou a Bélgica como o maior mercado de exportação para veículos chineses eletrificados, segundo dados do setor, em um momento em que montadoras da China aumentam vendas para mercados fora da Europa em meio à investigação antitruste da União Europeia sobre o setor.

O crescimento também ocorre em antecipação a aumento do imposto de importação no Brasil, que passou a valer para carros elétricos no início desde ano e foi elevado para os híbridos. Segundo o plano do governo federal, o imposto será elevado até 35% até meados de 2026 a partir de nível zero, no caso de elétricos, e de 12% no caso dos híbridos.

As exportações de carros elétricos e híbridos plug-in para o Brasil aumentaram 13 vezes em relação ao ano anterior, atingindo 40.163 unidades em abril, tornando-se o maior mercado de exportação pelo segundo mês consecutivo, de acordo com dados da Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA).

Em janeiro o Brasil era o 10º maior mercado de exportação de carros chineses em janeiro.

Montadoras chinesas já começaram a elevar os investimentos para a produção local no Brasil. A BYD começou a construir um complexo fabril no país para iniciar a produção local até o final do ano ou no início de 2025, e a Great Wall Motor afirmou que sua fábrica no Brasil começaria a operar este mês.

O Brasil também se tornou o segundo maior destino de exportação da China para todos os carros em abril, ficando atrás da Rússia, que manteve a primeira posição.

A Rússia, que está sujeita a sanções ocidentais, deve continuar sendo o maior mercado de exportação de automóveis da China, disse o secretário-geral da CPCA, Cui Dongshu.

Espanha, França, Holanda e Noruega estão entre os países que registraram as maiores quedas nas importações de veículos elétricos de passageiros fabricados na China entre janeiro e abril, de acordo com dados da CPCA.

A investigação antisubsídios da UE abalou as exportações de veículos chineses para o bloco, mas as montadoras do país têm explorado ativamente que os mercados de América do Sul, Austrália e Sudeste Asiático para exportações, disse Cui.

Nos primeiros quatro meses deste ano, as exportações de automóveis chineses para a Rússia aumentaram 23%, chegando a 268.779 veículos. As exportações para o México e o Brasil aumentaram 27% e 536%, para 148.705 e 106.448, respectivamente, durante o mesmo período.

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