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    "Campos Neto continua sabotando o Brasil e nossa economia", diz Lindbergh após manutenção da Selic em 10,5%

    Em vídeo publicado nas redes sociais, deputado defendeu que "a renda do povo está subindo, mas a economia não está bombando por causa dessa taxa de juros"

    Lindbergh Farias e Roberto Campos Neto (Foto: ABR)

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    247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou duramente a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de manter a taxa Selic em 10,5% ao ano. Em vídeo publicado no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (31), o parlamentar acusou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de sabotagem deliberada contra a economia brasileira.

    "Nenhuma surpresa. Infelizmente, como a gente já sabia, o Roberto Campos Neto e a diretoria do Banco Central não baixaram a taxa de juros e continuamos com a segunda maior taxa do mundo. Eu sempre digo que é uma política de sabotagem deliberada do Campos Neto", afirmou o parlamentar.

    "Lula tem se esforçado para fazer a economia crescer, a renda do povo está subindo, subiu mais de 11% em 2023, e dos 5% mais pobres subiu 38%, mas a economia só não está bombando por causa dessa taxa de juros. É muita gente endividada, as empresas endividadas, porque nós temos, volto a dizer, a segunda maior taxa de juros do mundo. Por isso é importante continuar denunciando politicamente essa sabotagem feita pelo presidente do BC," complementou Lindbergh.

    A decisão do Copom de manter a Selic em 10,5% veio após uma série de cortes na taxa de juros que haviam sido interrompidos na reunião de junho. Desde agosto do ano passado, o Banco Central havia adotado uma trajetória de redução da Selic, cortando-a em 0,5 ponto percentual por reunião até março deste ano. Em maio, o corte foi mais moderado, de apenas 0,25 ponto percentual.

    O vídeo de Lindbergh, acompanhado pela legenda "LAMENTÁVEL! COPOM mantém taxa de juros em 10,5%, uma das mais altas do mundo. Roberto Campos Neto continua sabotando o Brasil e nossa economia!", reflete a frustração de setores do governo e da base aliada com a condução da política monetária pelo Banco Central.

    Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou alta de 0,21%, abaixo dos 0,46% de maio. No acumulado de 2023, a inflação é de 2,48%, e nos últimos 12 meses, a taxa chegou a 4,23%, superando os 3,93% dos 12 meses anteriores.

    O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3% para 2024, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Banco Central, no Relatório de Inflação de junho, projetou uma inflação de 4% para o próximo ano, enquanto o boletim Focus, que coleta projeções de instituições financeiras, estima um IPCA de 4,1% para 2024.

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