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    Campos Neto diz que Galípolo enfrentará muita pressão no Banco Central

    Segundo o atual presidente, não existe calmaria na instituição

    Gabriel Galípolo (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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    247 – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou que o próximo presidente da instituição enfrentará pressões semelhantes às que ele experienciou. Durante um evento da CNN Brasil em São Paulo nesta quinta-feira, ele mencionou a falta de "calmaria" no Banco Central e a importância da manutenção de sua institucionalidade.

    Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central, foi confirmado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como sucessor de Campos Neto na quarta-feira. Galípolo ainda enfrentará uma sabatina no Senado antes de assumir o cargo. Campos Neto expressou o desejo de que Galípolo seja avaliado pelas suas decisões técnicas, e não por aspectos externos, como sua aparência ou os eventos que frequenta.

    O presidente do Banco Central também falou sobre a independência do BC como um legado a ser continuado, observando que o próximo governo em 2026 pode diferir do atual. Ele enfatizou a continuidade da história do Banco Central, independentemente de mudanças no executivo que indicou o presidente do BC.

    Campos Neto ressaltou os avanços institucionais durante seu mandato, incluindo o desenvolvimento do sistema de pagamentos instantâneos Pix e a maior transparência na comunicação da autoridade monetária. Ele também discutiu o cenário inflacionário, mencionando uma melhoria qualitativa recente na inflação, mas reconheceu a necessidade de uma maior convergência. Adicionalmente, ele apontou para a preocupação com a inflação de serviços e uma tendência de desinflação em bens, segundo reportagem do jornal O Globo.

    Finalmente, sobre o crescimento econômico para 2025, Campos Neto mencionou uma leve revisão para baixo nas projeções, embora os indicadores econômicos permaneçam fortes. Ele destacou o desafio de equilibrar as finanças públicas, reconhecendo esforços do governo para melhorar a receita, mas indicou que as despesas continuam a superar as receitas.

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