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Campos Neto minimiza ligações com Bolsonaro: 'não julguem pela cor da camisa'

"Cor da camisa" mencionada por Campos Neto alude claramente às acusações de alinhamento com o bolsonarismo

Jair Bolsonaro e Roberto Campos Neto (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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247 - Durante sua participação no evento Macroday do BTG Pactual nesta terça-feira (20), Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, tentou justificar sua atuação à frente da instituição, marcada pelas taxas de juros elevadas e acusações de que estaria sabotando o governo do presidente Lula. Ao afirmar que "espero que meu sucessor não seja criticado, não seja julgado pela cor da camisa que ele veste, ou se ele foi à festa, ou se participou de uma homenagem de um jeito ou de outro, mas que seja julgado pelas decisões técnicas que ele tomou", Campos Neto minimiza a importância de sua proximidade política com Jair Bolsonaro e figuras da extrema-direita, sugerindo que essas relações não deveriam influenciar a percepção pública de sua gestão. 

A "cor da camisa" mencionada por Campos Neto alude às acusações de alinhamento com o bolsonarismo, o que levanta mais preocupações sobre a real independência da instituição que ele comanda. Segundo os apoiadores do governo, sob o pretexto de estar focado em decisões técnicas, Campos Neto manteve a taxa Selic em níveis elevados, contrariando a agenda econômica e gerando a impressão de sabotagem deliberada da política econômica. 

Com seu mandato se aproximando do fim e ainda sem a definição de um sucessor por parte de Lula, Campos Neto parece estar mirando uma futura carreira política, o que intensifica as suspeitas de que seu período no Banco Central foi marcado por uma agenda política disfarçada de tecnicidade. (Com informações da CNN Brasil). 

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