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    Chega ao fim o mandato de Campos Neto. Lula assina posse de Gabriel Galípolo como presidente do BC

    Ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda assume o comando do BC em meio a expectativas de mudanças significativas na política monetária brasileira

    Gabriel Galípolo e Lula (Foto: Reprodução)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta segunda-feira (30), o termo de posse de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central (BC), informa a CNN Brasil. A cerimônia marca o encerramento do polêmico mandato de Roberto Campos Neto, que enfrentou duras críticas por sua condução da política monetária e por manter as taxas de juros em níveis considerados excessivamente elevados.

    A agenda oficial de Lula inclui um encontro às 15h com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com Galípolo. Além de Galípolo, há expectativa de que os outros três diretores indicados para a instituição também tenham seus termos de posse assinados: Nilton José Schneider, que assumirá a Diretoria de Política Monetária; Izabela Moreira Correa, que será responsável pela Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; e Gilneu Astolfi Vivan, que comandará a Diretoria de Regulação.

    Um novo ciclo no Banco Central - Gabriel Galípolo, economista e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, assume o comando do BC em meio a expectativas de mudanças significativas na política monetária brasileira. Sua gestão se inicia oficialmente em 1º de janeiro de 2025, seguindo as normas estabelecidas pela lei de autonomia do Banco Central, sancionada em 2021.

    O novo presidente assume em um contexto desafiador, com o Brasil apresentando uma das taxas de juros reais mais altas do mundo, medida que tem gerado amplo debate sobre seus impactos na recuperação econômica do país. Para Galípolo, a missão será equilibrar o combate à inflação com a promoção de políticas que incentivem o crescimento sustentável e a geração de empregos.

    Legado de Campos Neto: polêmicas e críticas - Indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Roberto Campos Neto tornou-se uma figura central nas disputas políticas e econômicas dos últimos anos. Sua gestão foi frequentemente apontada por lideranças progressistas como prejudicial ao crescimento econômico, devido à manutenção da taxa básica de juros (Selic) em patamares elevados, o que teria comprometido investimentos públicos e privados.

    Nos meses finais de sua presidência no BC, Campos Neto foi acusado de sabotar o governo de Lula ao sugerir novas elevações de juros em meio a alegações de dificuldades fiscais. Críticos destacam que suas decisões impactaram negativamente áreas fundamentais, como saúde e educação, ao aumentar os custos da dívida pública e pressionar o orçamento federal.

    Transição e expectativas - A posse de Gabriel Galípolo simboliza um esforço do governo federal para reposicionar o Banco Central como uma instituição alinhada às necessidades econômicas do Brasil contemporâneo. A expectativa é de que o novo comando do BC priorize medidas que dialoguem com a agenda de desenvolvimento defendida pela gestão Lula, buscando aliviar os efeitos das políticas anteriores e fomentar uma recuperação econômica inclusiva.

    Com a troca de comando, analistas e setores econômicos aguardam os primeiros passos do novo presidente para compreender como as diretrizes da instituição serão reformuladas e quais impactos poderão ser sentidos na economia brasileira ao longo de 2025.

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