CNI: ‘tarifas de Trump são prejudiciais para o Brasil e para os EUA. Buscaremos alternativas’
O Brasil é o quarto maior fornecedor de ferro e aço para os EUA - 54% das exportações brasileiras desses produtos têm como destino o país
247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta terça-feira (11) uma nota afirmando que “lamenta a decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas de 25% indistintamente para todas as importações de aço e alumínio”. O Brasil é o quarto maior fornecedor de ferro e aço para os EUA – 54% das exportações brasileiras desses produtos têm como destino o país.
De acordo com o presidente da CNI, Ricardo Alban, “essa medida é prejudicial tanto para a indústria brasileira quanto para a norte-americana”. “Lamentamos a decisão e vamos atuar em busca do diálogo para mostrar que há caminhos para que seja revertida. Temos todo o interesse em manter a melhor relação comercial com os EUA, que hoje são o principal destino dos produtos manufaturados do Brasil, mas precisamos conciliar os interesses dos setores produtivos dos dois países”, destacou.
O dirigente afirmou que a parceria econômica entre Brasil e Estados Unidos é estratégica para a indústria brasileira. “Temos fluxos comerciais e de investimentos altamente diversificados. A CNI trabalha para aprofundar essa relação por meio de uma agenda voltada ao fortalecimento do relacionamento bilateral e da integração internacional”, completou.
Números da indústria nacional e do PIB
A produção da indústria nacional fechou 2024 com alta de 3,1% em relação a 2023, apresentando taxas positivas em 17 dos 18 locais analisados. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada pelo IBGE. As maiores altas do ano foram registradas em Santa Catarina (7,7%), Rio Grande do Norte (7,4%) e Ceará (6,9%). Pará (5,7%), Mato Grosso (5,4%), Pernambuco (4,6%), Paraná (4,2%), Amazonas (3,6%) e Mato Grosso do Sul (3,5%) apresentaram taxas acima da média nacional (3,1%).
Em 2023, o PIB nacional cresceu 2,9% em relação a 2022, com avanços na Agropecuária (15,1%), na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%).
Para 2024, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projeta alta entre 3% e 4%. A ONU apontou que o PIB brasileiro deve crescer 3% em 2024, acima da média mundial de 2,8% e do crescimento médio de 1,9% na América Latina.
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