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Com indiciamento de Bolsonaro no caso das joias, FUP defende o cancelamento da venda da RLAM

A Federação dos Petroleiros recordou que o governo bolsonarista vendeu a Refinaria Landulpho Alves a estrangeiros por um preço abaixo do valor registrado em estimativas oficiais

Refinaria Landulpho Alves (Foto: Petrobras)

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247 - A Federação Única dos Petroleiros, que tem Deyvid Bacelar como coordenador-geral, emitiu um comunicado pedindo o cancelamento da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia. A FUP alegou ser necessária a reestatização do empreendimento após o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) no inquérito das joias. A instituição lembrou que a refinaria foi vendida por apenas US$1,65 bilhão, para o Fundo Mubadala Capital, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Estudos do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) apontaram que o preço da refinaria ultrapassava os US$ 3 bilhões.

A FUP disse que pretende cobrar do Judiciário mais investigação para saber se existe relação entre as joias recebidas por Bolsonaro e a venda da refinaria. "Outras 11 pessoas ligadas diretamente a ele durante o seu governo foram indiciadas pela PF por participação no esquema de desvios das joias. É o caso do ex-ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, que recebeu de autoridades árabes um conjunto de abotoaduras, terço, anel e relógio confeccionados em ouro rosé, durante viagem da comitiva presidencial ao Oriente Médio, em outubro de 2021, um mês antes da conclusão da venda da Rlam", disse a federação.

"No dia 30 de novembro de 2021, a Petrobrás anunciou a venda da refinaria para o fundo dos Emirados Árabes por US$ 1,65 bilhão, menos da metade do seu valor de mercado", acrescentou a FUP no comunicado.

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Deyvid Bacelar. Foto: Câmara dos Deputados

Segundo Bacelar, "tudo leva a crer que essa quadrilha pode ter roubado muito mais do que joias". "Os milhões envolvidos nesse crime vergonhoso nem chegam perto do prejuízo de bilhões de dólares que a Petrobrás e o povo brasileiro amargaram com a privatização da Rlam", continuou.

"Será coincidência a nossa refinaria ter sido vendida por menos da metade do valor de mercado para o Mubadala, meses após Bolsonaro e seus comparsas, incluindo o ex-ministro das Minas e Energia, terem recebido indevidamente joias milionárias de autoridades do Oriente Médio? Estamos diante de um crime de lesa-pátria que precisa ser investigado, como nós petroleiros e petroleiras cobramos há anos".

As investigações da Polícia Federal apontaram que Bolsonaro e seus aliados desviaram pelo menos R$ 6,8 milhões em joias. Por lei, esss bens materiais dados por governos de outros países devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal.

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