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    Com inflação controlada e desemprego em queda, confiança do consumidor brasileiro atinge melhor nível em nove anos

    Estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revela também aumento na Intenção de Consumo das Famílias (ICF)

    Lula e Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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    247 - A confiança dos consumidores brasileiros atingiu seu nível mais alto em nove anos, impulsionada pela queda da inflação, melhorias no mercado de trabalho, início da redução das taxas de juros e alívio no endividamento das famílias. Diversas pesquisas que avaliam o grau de confiança dos brasileiros tanto no presente quanto no futuro corroboram esse otimismo, desempenhando um papel crucial na previsão das intenções de compra dos consumidores e no cenário econômico a curto prazo, informa o jornal O Globo.

    O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) registrou um aumento de dois pontos em agosto, alcançando 96,8 pontos, o patamar mais elevado desde fevereiro de 2014, quando atingiu 97 pontos. Vale ressaltar que um valor acima de 100 é considerado indicativo de otimismo.

    Outro estudo, conduzido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), revelou que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aumentou em 1,4% em agosto e ultrapassou a marca dos 100 pontos, atingindo o nível mais alto desde abril de 2015, quando chegou a 102,9 pontos.

    "A economia atravessou nos últimos anos um período de pessimismo enraizado, com recessão, impeachment, crise econômica, pandemia, polarização política e eleições acirradas. Foi um período complexo, que bateu feio nos indicadores de confiança. Agora, os níveis de incerteza começaram a mostrar alguma acomodação, tendendo ao neutro. Não é algo exuberante, mas é um desenvolvimento positivo", diz o diretor de pesquisa macroeconômica do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos.

    De acordo com o especialista, esses elementos podem impulsionar o consumo das famílias e conferir um maior vigor à economia no segundo semestre. Esse otimismo surge após o PIB brasileiro surpreender os analistas, registrando um crescimento de 0,9% durante o período de abril a junho, três vezes mais do que as previsões do mercado haviam apontado.

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