Com Lula, IGP-M, a inflação do aluguel, fecha 2023 com queda de 3,18%, menor variação desde 1989
Apesar da alta de 0,74% em dezembro, indicador acumula deflação no acumulado anual
Reuters - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta em dezembro frente ao mês anterior, mais ainda fechou 2023 com queda de 3,18%, marcando a menor taxa de variação anual da série histórica, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O IGP-M subiu 0,74% no mês, acelerando ante 0,59% em novembro, resultado que ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de um avanço de 0,66%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve alta de 0,97% em dezembro, após ter subido 0,71% no mês passado, mas registrou no ano a maior queda da série histórica, de 5,60%.
De acordo com o coordenador dos índices de preço na FGV, André Braz, os itens que mais contribuíram para a queda do IPA em 2023 foram soja (-21,92%), milho (-30,02%) e óleo diesel (-16,57%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta para 0,14% em dezembro, após subir 0,42% em novembro, e fechou o ano com alta de 3,40%.
As maiores influências para esse resultado no ano partiram dos itens gasolina (11,08%), plano de saúde (10,36%) e aluguel residencial (7,15%), de acordo com Braz.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,26% no mês, após alta de 0,10% em novembro, e fechou 2023 com alta de 3,32%.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Dados desta quinta-feira mostraram que o IPCA-15 subiu 0,40% em dezembro, após alta de 0,33% no mês anterior, fechando 2023 com alta de 4,72% --resultado que está dentro da banda de tolerância da meta oficial de inflação.
O centro do objetivo, medido pelo IPCA, é de 3,25% para este ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
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