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    Comunicado de Campos Neto desafia Lula e não descarta nova alta dos juros

    O Copom disse que "não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado"

    Presidentes Roberto Campos Neto, do Banco Central, e Luiz Inácio Lula da Silva, da Presidência da República (Foto: Isac Nóbrega/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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    247 - Depois de manter nesta quarta-feira (22) a Selic em 13,75%, segundo percentual mais alto em um ranking de 40 países, o Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, desafiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não descartou aumentar a taxa básica de juros.

    Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, disse que "os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado". O relato foi publicado pela Folha de S.Paulo

    O colegiado voltou a dizer que se manterá vigilante, "avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação". "O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que mostrou deterioração adicional, especialmente em prazos mais longos".

    Em fevereiro, Lula disse que o percentual é uma "vergonha". Vencedor do prêmio Nobel de economia em 2001, o professor da Universidade de Columbia (EUA) Joseph Stiglitz qualificou a taxa de juros no Brasil como uma "pena de morte" para a economia.

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