Concessões portuárias injetarão R$ 3,6 bilhões na infraestrutura de terminais
O leilão está dentro do Novo PAC
247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou nesta semana os editais para o leilão de 3 terminais portuários - Itaguaí (RJ), Maceió (AL) e Santana (AP). Estão previstos investimentos totais de cerca de R$ 3,6 bilhões. O certame está dentro do Novo PAC. Relançada em agosto de 2023, a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento estima um investimento de R$ 1,7 trilhão em dinheiro público.
De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, "os leilões previstos evidenciam o imenso potencial brasileiro para a movimentação internacional de cargas". "Isso significa mais emprego e renda para a população", destacou.
Para o "eixo de transporte eficiente e sustentável" do Novo PAC, estão previstos R$ 349,1 bilhões. Neste segmento, o Ministério de Portos fará o acompanhamento de 363 ações e empreendimentos que representam um aporte total de R$ 69,1 bilhões, em três subeixos: portos (137), aeroportos (95) e hidrovias (131).
RIO DE JANEIRO
O terminal ITG02 tem uma estimativa de investimentos na ordem de R$ 3,58 bilhões nos primeiros anos de contrato e capacidade para movimentar 20 milhões de toneladas por ano. Entre os benefícios econômicos e sociais, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) aponta que serão gerados cerca de 2.800 empregos indiretos durante as obras de implantação. Na fase de operação, estima-se a criação de mais de 250 empregos diretos e 1.800 indiretos. A área será destinada à movimentação e armazenagem de granel sólido mineral, especialmente minério de ferro.
A área será licitada com todos os equipamentos e edificações existentes, ficando o futuro arrendatário responsável pela revisão, manutenção, revitalização e modernização da atual infraestrutura. Verifica-se também que a projeção de demanda segue com trajetória de crescimento até 2060, sendo estimada uma taxa média de 0,9%, alcançando um volume de 136 milhões de toneladas.
MACEIÓ
Para garantir a operação do MAC16, estima-se um investimento direto na ordem de R$ 6,18 milhões. Por se tratar de um arrendamento simplificado com prazo de cinco anos, foi dispensada a realização de audiência e consultas públicas. A área vai movimentar e armazenar granéis sólidos em geral.
O estudo inicial previa apenas a movimentação de granéis sólidos minerais, especialmente concentrado de cobre, mas essa diretriz foi ajustada junto ao Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do porto, a fim de aumentar a atratividade do terminal.
SANTANA
O MCP03 tem previsão de investimento de R$ 88,89 milhões ao longo dos 25 anos do contrato. A área é destinada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, especialmente soja e milho. O terminal passou pelo processo de audiência e consulta pública em agosto do ano passado. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) foi elaborado pela Infra S.A. e aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
A área de arrendamento está localizada dentro da Poligonal do Porto Organizado de Santana, sob jurisdição da Companhia Docas de Santana – CDSA. Trata-se de área brownfield, que deverá ter sua capacidade ampliada por meio da implementação de novos silos, bem como com investimentos na infraestrutura já existente.
Os investimentos previstos na instalação portuária preveem a aquisição de equipamentos necessários para ampliar a capacidade operacional do local. Além disso, o projeto prevê investimentos na área de infraestrutura comum do porto, com a ampliação do Píer 1, dragagem de aprofundamento e pavimentação da via externa do porto.
"A geração de receita, renda e emprego é extremamente vinculada ao setor portuário, principalmente quando temos novos investimentos. Quando temos novos investimentos nos portos, temos obras, empresas terceirizadas, de apoio, de coleta de resíduos, de refeições. E quando os empreendimentos ficam prontos, entramos na fase operacional responsável por gerar novos empregos e movimentar toda a economia”, explicou o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila.
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