Coronavírus liquida o neoliberalismo: Europa vai estatizar e EUA não terão limites para gastar
O modelo econômico fracassado de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, que só prevê privatizações e teto de gastos, está sendo liquidado no mundo inteiro com o avanço do coronavírus
247 - O avanço da epidemia do novo coronavírus expôs o fracasso da política neoliberal adota pelo governo Jair Bolsonaro e implementada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Enquanto no Brasil as prioridades são as privatizações de estatais e a contenção do investimento público por meio do teto de gastos, a Europa começa a agir no sentido inverso e já começa a se preparar para estatizar empresas. Já os Estados Unidos deverão destinar até US$ 850 bilhões para manter a economia aquecida.
Nesta terça-feira (17), a Itália - país europeu mais afetado pelo avanço da Covid-19 -, anunciou que a companhia aérea Alitalia, que já enfrenta dificuldades financeiras há alguns anos, deverá ser estatizada. A too, o governo italiano deverá destinar um fundo de 600 milhões de euros para o setor aéreo nacional, dominado pela Alitalia.
Pelo projeto, uma nova empresa deverá ser constituída, sendo “totalmente controlada pelo ministério da Economia e das Finanças, ou controlada por uma empresa com participação pública majoritária, inclusive indireta”.
Em uma linha semelhante a dotada pela Itália, o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, também afirmou que o país deverá fazer de tudo para proteger suas empresas, o que inclui a estatização ou nacionalização de muitas delas.
"Não hesitarei em utilizar todos os meios a meu alcance para proteger as grandes empresas francesas", ressaltou Le "Isto pode ser feito por meio da capitalização ou compra de participações. Inclusive posso usar o termo nacionalização se for necessário", completou em seguida.
Já nos Estados Unidos, segundo informações da mídia norte-americana, o presidente Donald Trump pediu que o Congresso aprove um pacote de US$ 850 bilhões em estímulos à economia, sendo US$ 50 bilhões apenas para o setor aéreo.
O pacote também prevê o atraso no pagamento de impostos, como forma de estimular e evitar a quebra de pequenas empresas, ampliação das linhas de crédito, aumento do seguro-desemprego, entre outras ações. A expectativa é que o pacote seja votado pelos congressistas ainda nesta semana.
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