Desemprego no primeiro trimestre é o menor desde 2015, aponta IBGE
O número de empregos sem carteira caiu no primeiro trimestre, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua
Rede Brasil Atual - A taxa média de desemprego ficou em 8,8% no primeiro trimestre. Embora tenha crescido em relação a dezembro, é a menor para o período desde 2015, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE. Há um ano, estava em 11,1%.
O número de desempregados foi estimado em 9,432 milhões. São 860 mil a mais no trimestre (crescimento de 10%) e 2,517 milhões a menos em 12 meses (queda de 21,1%). Já os ocupados são 97,825 milhões (-1,6% e 2,7%, respectivamente).
Movimento normal para o período
“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, lembra a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. “Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, acrescenta.
Os chamados subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar mais, somam 21,575 milhões. Esse número fica estável na comparação trimestral, mas cai 19,5% em relação a 2022. A população fora da força de trabalho é estimada em 66,972 milhões (altas de 1,6% e 2,3%).
Por sua vez, os desalentados são agora 3,871 milhões. Quantidade estável em relação a dezembro e com queda de 15,7% na comparação anual. Eles representam 3,5% da força de trabalho.
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Emprego com e sem carteira cresce
Em relação à situação no mercado, os empregados com carteira assinada no setor privado são 36,7 milhões, número estável no trimestre e 5,2% maior em um ano (acréscimo de 1,8 milhão). Já os sem carteira (12,8 milhões) caem 3,2% ante dezembro e crescem 4,8% (mais 590 mil) em um ano. E os trabalhadores por conta própria somam 25,193 milhões, com estabilidade nas duas comparações. O mesmo acontece com os empregados no setor doméstico (5,698 milhões). No setor público, são 11,875 milhões (queda de 2,8% e alta de 4,6%).
Assim, a taxa de informalidade ficou em 39% dos ocupados – 38,1 milhões de pessoas. Quase igual à do trimestre anterior (38,8%) e abaixo do registrado pelo IBGE um ano atrás (40,1%).
Estimado em R$ 2.880, o rendimento médio ficou estável em relação ao trimestre anterior. Em um ano, cresce 7,4%. Já a massa de rendimentos soma R$ 277,2 bilhões, também com estabilidade trimestral e com alta de 10,8% na comparação anual.
Emprego formal
Ontem (27), o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou a criação de 195.171 vagas com carteira em março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado foi 97,6% maior do que em igual período de 2022. Nos três primeiros meses deste ano, o saldo (contratações menos demissões) é de 526.173 postos de trabalho, 15% a menos em relação ao ano passado.
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