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    Dólar aumenta e chega a superar os R$ 5,30 durante a sessão sob influência do exterior

    A moeda norte-americana continua acima dos R$ 5

    Reservas em dólares aumentaram (Foto: Kim Hong Ji - Reuters)

    Por Fabricio de Castro

    SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista subiu pelo segundo dia e voltou a oscilar acima dos 5,30 reais nesta quarta-feira, encerrando a sessão pouco abaixo deste nível, com as cotações acompanhando o avanço da moeda norte-americana também no exterior após a divulgação de dados fortes do setor de serviços dos Estados Unidos.

    O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,2970 reais na venda, em alta de 0,22%. Este é o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023, quando a moeda foi cotada a 5,3527 reais.

    Às 17h42, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,20%, a 5,3135 reais na venda.

    No início do dia a moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa, após ter atingido na véspera o maior valor de fechamento em mais de um ano. Os dados do mercado de trabalho nos EUA, divulgados às 9h15, reforçaram o viés negativo, ao virem abaixo do esperado.

    O relatório da ADP mostrou que foram abertos 152.000 empregos no setor privado em maio, abaixo dos 188.000 de abril. Economistas consultados pela Reuters previam 175.000 no mês passado.

    Os números pesaram sobre os yields dos Treasuries e sobre o dólar em um primeiro momento. No Brasil, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,2601 reais (-0,47%) às 9h16, pouco depois do relatório da ADP.

    No entanto, a moeda norte-americana recuperou o fôlego e chegou a tocar os 5,30 reais ainda pela manhã, na esteira do fortalecimento do dólar também no exterior.

    Dados do setor de serviços dos EUA contribuíram para isso: o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou que seu índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) não manufatureiro subiu de 49,4 em abril para 53,8 no mês passado. A leitura de maio, a mais alta desde agosto, superou as estimativas de todos os 59 economistas em uma pesquisa da Reuters, cuja mediana era de 50,8, um pouco acima do nível 50 que separa crescimento de contração.

    Com foco no exterior, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de 5,3047 reais (+0,37%) às 11h15.

    Neste ponto, as cotações encontraram alguma resistência e retornaram para níveis mais baixos, ainda que tenham se mantido próximas dos 5,30 reais no segmento à vista.

    No mercado futuro, o dólar para julho -- o mais líquido -- já oscilava na faixa dos 5,31 reais no fim da tarde, com as cotações pressionadas por uma percepção mais pessimista em relação ao Brasil desde terça-feira, o que também vem dando força às taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).

    Às 17h41, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,15%, a 104,310.

    Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto.

    À tarde, o Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 428 milhões de dólares em maio, com saídas líquidas de 6,526 bilhões de dólares pelo canal financeiro e entradas de 6,098 bilhões de dólares pela via comercial.

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