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    Dólar recua para R$ 5,81 nesta sexta-feira

    Entrada de investidores estrangeiros impulsiona o real, enquanto ameaças comerciais dos EUA adicionam tensão ao mercado

    Notas de real e dólar 18/12/2024. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Illustration)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - O dólar iniciou esta sexta-feira (31) em queda ante o real, refletindo um fluxo positivo de capital estrangeiro e o impacto da formação da Ptax do fim de janeiro. Segundo informações do portal InfoMoney, citando o Estado de S. Paulo, a moeda americana chegou a atingir a marca de R$ 5,81, consolidando uma desvalorização acumulada de 5% no mês.

    O desempenho do câmbio também foi influenciado por indicadores econômicos dos Estados Unidos. Dados divulgados mostraram que o custo do emprego subiu 0,9%, abaixo da previsão de 1%, enquanto a inflação medida pelo índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) veio em linha com as expectativas do mercado. Além disso, a expectativa em relação à política monetária do Federal Reserve segue impactando as movimentações da moeda.

    Cotacão do dólar e mercado financeiro - Por volta das 11h46, o dólar à vista operava em queda de 0,50%, sendo negociado a R$ 5,822 na compra e R$ 5,823 na venda. Já o contrato futuro para fevereiro, negociado na B3, recuava 0,93%, aos 5.823 pontos.

    O Banco Central realizou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de março de 2025. A movimentação acontece em um momento de atenção dos agentes financeiros sobre o déficit primário do setor público consolidado, que ficou em R$ 47,55 bilhões em 2024, um pouco abaixo das previsões do mercado.

    A taxa de desemprego no Brasil, segundo dados recentes, ficou em 6,2% no trimestre encerrado em dezembro, dentro das projeções dos analistas. No campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar a taxa básica de juros, afirmando que a Selic está em "um patamar que desacelera a economia".

    Trump reafirma tarifas contra México e Canadá e alerta China - Enquanto o real se valoriza, as tensões comerciais internacionais voltam ao centro do debate. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 25% sobre produtos do México e do Canadá a partir de 1º de fevereiro. Além disso, ameaçou sobretaxar importados chineses e chegou a sugerir um imposto de 100% sobre produtos vindos de países do Brics, caso tentem substituir o dólar nas transações comerciais.

    A retórica de Trump coloca o Brasil em uma posição delicada. Como presidente do Brics em 2025, o governo Lula (PT) deve coordenar as reuniões do grupo e definir as prioridades da agenda internacional. Lula afirmou que, caso os Estados Unidos imponham tarifas sobre produtos brasileiros, haverá reciprocidade. Já o ministro Fernando Haddad classificou a medida como "sem sentido", destacando que a balança comercial entre Brasil e EUA é equilibrada.

    Os próximos passos das relações comerciais globais e seus impactos sobre o câmbio seguem no radar dos investidores, podendo influenciar as cotações nos próximos meses.

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