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    Dólar sobe ante o real com aversão ao risco na primeira sessão de 2025

    Às 9h38, o dólar à vista subia 0,75%, a R$ 6,2245 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,52%, a R$ 6,236

    Notas de dólar (Foto: Reuters/Sukree Sukplang)
    Paulo Emilio avatar
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    Reuters - O dólar à vista subia frente ao real nas primeiras negociações desta quinta-feira, no que é a primeira sessão de 2025, com investidores realizando suas apostas iniciais para o ano de olho no cenário fiscal brasileiro e nas perspectivas para a economia global.

    Às 9h38, o dólar à vista subia 0,75%, a 6,2245 reais na venda.

    Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,52%, a 6,236 reais na venda.

    Na segunda-feira, última sessão de 2024, o dólar à vista fechou em queda de 0,22%, a 6,179 reais. No ano, a moeda norte-americana acumulou alta de 27,36%.

    Investidores demonstravam aversão ao risco neste pregão, voltando a apostar na moeda norte-americana, à medida que aguardam pela divulgação dos primeiros dados econômicos de 2025.

    Pela manhã, às 10h, será divulgada a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) para o setor industrial brasileiro, que é compilada pela S&P Global. Mais tarde, às 14h30, os investidores analisarão dados sobre o fluxo cambial no país.

    As perspectivas para o cenário fiscal brasileiro devem continuar sendo o principal foco do mercado neste início do ano, à medida que os agentes financeiros continuam preocupados com o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas.

    Os receios fiscais foram o principal fator na disparada do dólar nas últimas semanas do ano passado, com a moeda norte-americana ultrapassando o patamar de 6,00 reais pela primeira vez na história no fim de novembro.

    Apesar de o Congresso ter encerrado o ano parlamentar com a aprovação de uma série de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Executivo, o mercado tem avaliado que são precisos mais projetos para controlar a trajetória da dívida pública e duvida da vontade política do governo em elaborá-los.

    "Hoje não temos muita coisa na agenda. É mais acompanhar o pregão e qual vai ser o movimento... O mercado tem olhado muito para qual vai ser a precificação do teto da taxa de juros", disse Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

    Em dezembro, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto nos juros, elevando a Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, sinalizando mais dois aumentos da mesma magnitude nas duas próximas reuniões.

    A autarquia passa a ser comandada neste ano por seu novo presidente, Gabriel Galípolo.

    No cenário externo, os mercados globais aguardam novos números sobre a economia norte-americana em busca de sinais sobre a trajetória dos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve.

    O banco central dos Estados Unidos realizou três reduções nos juros -- 100 pontos-base acumulados -- no ano passado, mas investidores esperam agora que as autoridades atuem com mais cautela no afrouxamento da política monetária, uma vez que a inflação segue acima da meta de 2%.

    Dados de pedidos iniciais de auxílio-desemprego serão divulgados ainda nesta manhã, às 10h30, enquanto a pesquisa PMI para o setor industrial dos EUA será publicada às 11h45 pela S&P Global.

    Os mercados também se posicionam para o início do governo de Donald Trump nos Estados Unidos, com o retorno do ex-presidente para a Casa Branca em 20 de janeiro, o que tem provocado temores de guerras comerciais devido às promessas de tarifas pelo republicano.

    O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,17%, a 108,720.

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