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    'Eles detestam boa notícia para o povo', diz Gleisi sobre sinalização do BC de reduzir ritmo de queda dos juros

    "Inflação em queda (3,19% em 12 meses) é motivo para celebrar. Mas com o Banco Central do bolsonarista Campos Neto a gente tem é de ficar preocupado", disse

    Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

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    2247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em suas redes sociais que a queda da inflação “é motivo para celebrar”, mas alertou que existe a preocupação de que, mesmo assim, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, passe a aumentar a taxa básica de juros (Selic).

    “Inflação em queda (3,19% em 12 meses pelos dados do IBGE) é motivo para celebrar. Mas com o Banco Central do bolsonarista Campos Neto a gente tem é de ficar preocupado, porque pode ser pretexto para aumentar juros. Eles detestam notícia boa para o povo”, postou Gleisi no X, antigo Twitter.

    Nesta sexta-feira (26), Campos Neto disse que as expectativas para a inflação no Brasil vêm piorando, e ressaltou que a autoridade monetária está "seguindo isso bastante de perto”. O mais recente Boletim Focus do Banco Central, que capta estimativas de agentes do mercado, aponta para uma inflação de 3,60% em 2025, contra 3,56% previstos uma semana antes e 3,51% um mês antes.

    A meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ele já havia sinalizado anteriormente que a autoridade monetária poderia promover um corte menor que o esperado na taxa de juros para conter uma alta inflacionária.

    Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, contudo, apontam que o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, voltou a desacelerar em abril, para 0,21%, após a variação de 0,36% observada em março. Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em abril foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% nos 12 meses imediatamente anteriores.

    Ainda conforme o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação no Brasil, recuou para 0,16% em março, após alta de 0,83% em fevereiro. No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%.

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