Em 2021, Banco Central escondeu compra de mais de 60 toneladas de ouro
Quando questionado à época, o BC afirmou ter um sigilo bancário que lhe permitia não fornecer informações sobre a aquisição do metal. Também não se sabe a origem do ouro
247 - O Banco Central (BC) escondeu em 2021 a compra de mais de 60 toneladas de ouro. Em maio de 2022, o portal BP Money informou que a autarquia "ignorou a Lei de Acesso à Informação no ano de 2021 e optou por não responder aos questionamentos da imprensa sobre uma exacerbada compra de ouro".
Questionado, o Banco Central afirmou possuir um sigilo bancário, que lhe permitia não fornecer as informações sobre a aquisição do metal. Nem a origem do ouro foi divulgada.
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Em maio de 2021, o BC comprou 11,7 toneladas de ouro. No mês seguinte, foram mais 41,8 toneladas. Em julho, mais 8,5 toneladas.
Foi a maior quantidade de compra de ouro das últimas duas décadas, realizada em apenas três meses. "O País fechou o ano de 2021 com sua maior quantidade de ouro em posse desde novembro de 1999, totalizando 129 toneladas do metal. O valor corresponde a R$ 39 bilhões", segundo reportagem do BP Money.
De acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Central ficou apenas atrás de Hungria e Tailândia no ranking de países que mais compraram ouro em 2021.
O BC só confirmou a compra quase doze meses depois, por meio de um relatório de Gestão das Reservas Internacionais. O documento mostrava que a instituição fechou 2021 com 2,25 % das reservas internacionais investidas em ouro.
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