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    Empresários pedem ‘Plano Marshall’ para enfrentar o coronavírus

    O temor é que a crise feche negócios e o desemprego dispare. De acordo com Rubens Menin, da MRV, "as empresas precisam se organizar minimamente para manter a cadeia produtiva acesa. Vai ser necessário também um trabalho assistencial grande ou o salão de beleza e o pequeno comerciante serão dizimados"

    (Foto: Reuters)

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    247 - Receosos com o impacto da pandemia do coronavírus sobre a economia brasileira, empresários pediram que o governo federal elabore um “Plano Marshall”, estratégia montada pelos Estados Unidos para a reconstrução de países europeus após a Segunda Guerra Mundial. O temor é que a crise feche negócios e o desemprego dispare. Para Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, não é improvável que o País tenha 40 milhões de desempregados até o fim do segundo trimestre.

    "Precisamos de um plano Marshall, uma bomba atômica, para que o Brasil não entre em caos social", disse, em transmissão ao vivo pela internet neste domingo (22), de acordo com o jornal Valor Econômico. "Eu vi hoje uma entrevista do presidente regional do Fed de Saint Louis, James Bullard, dizendo que a taxa de desemprego irá subir de 3% para mais de 30% nos EUA. (...) No Brasil, onde há mais de 10 milhões de desempregados, acredito que o impacto será muito maior". 

    Participante da transmissão, o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior disse achar "importante agora que a gente reúna a classe empresarial para estabelecer como manter a perspectiva econômica". "Vejo boa vontade e disposição para ter uma convergência do que fazer e rápido, antes que empregos sejam perdidos".

    Mesmo sendo favoráveis ao livre mercado, o grupo reconhece que a situação requer ações assistencialistas do governo. "Saúde é prioridade, mas estou assustado porque o problema econômico pode ser tão grande quanto", disse Rubens Menin, da MRV. "As empresas precisam se organizar minimamente para manter a cadeia produtiva acesa. Vai ser necessário também um trabalho assistencial grande ou o salão de beleza e o pequeno comerciante serão dizimados".

    O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, sugeriu que o governo trabalhe com um cenário de ação de 90 dias. Citou como exemplo o alongando prazos de pagamentos de impostos e vencimentos financeiros, para que o setor privado possa fazer o mesmo.

    "Precisamos alongar a curva da doença e do impacto econômico. Certamente até junho estaremos convivendo com essa onda e precisamos dar perspectivas aos negócios, dar suporte a clientes e fornecedores", complementou. "Empresas grandes e governo precisam ajudar a manter a economia ativa".

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