Encrenqueiro do mercado de capitais sofre nova derrota em assembleia de acionistas
Vladimir Timerman tem tentado, sem sucesso, tumultuar a gestão de empresas de capital aberto, enquanto busca congelar recursos de investidores
Por Cláudio Magnavita, diretor do Correio da Manhã – Após a tentativa fracassada de adiar por 15 dias, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Esh Capital enfrentou outra derrota significativa na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Terra Santa, ocorrida na manhã desta quarta-feira (31). Os acionistas rejeitaram, por ampla maioria, todos os pleitos da gestora liderada por Vladimir Timerman. A situação do fundo se complica a cada derrota, tanto na CVM quanto nas AGEs que convoca, para consolidar sua proposta de assumir o controle das companhias, mesmo sendo minoritário, buscando afastar os sócios majoritários.
No próximo dia 07 de fevereiro, a Gafisa (GFSA3) realizará uma Assembleia Geral a pedido da própria Esh Capital, que já protocolou um novo pedido de AGE. Este movimento é interpretado pelo mercado como uma tentativa de manter sua base de investidores até o dia 20 de fevereiro, quando estarão sujeitos ao novo prazo de resgate, aumentado para 720 dias, um aumento de 4.000%. A derrota na AGE da Terra Santa (LAND3) e o novo pedido à Gafisa parecem estar sincronizados, apresentando um novo argumento para evitar a saída em massa de investidores que apostaram em uma estratégia que teve sucesso apenas uma vez.
Na Assembleia da Terra Santa, após os devidos esclarecimentos sobre os temas da ordem do dia, foram colocadas em votação e rejeitadas todas as propostas da Esh Theta Master Fundo de Investimento Multimercado. As matérias versavam sobre a caracterização de conflito material envolvendo Silvio Tini de Araújo e seus veículos, assim como a suspensão dos direitos políticos dos acionistas Bonsucex Holding S.A e Silvio Tini de Araújo, devido ao descumprimento das obrigações impostas pelo regulamento da CAM B3.
A AGE da Terra Santa contou com um elevado quórum de 85,5% do capital social da empresa. Paralelamente, conforme estipulado pelo Estatuto Social da Companhia, foram realizadas eleições para a presidência e secretaria.
A Esh Capital, ao convocar uma nova AGE da Gafisa, busca evitar maiores prejuízos aos investidores de seu fundo de investimento, tentando convencê-los a manter seus recursos até o dia 20 de fevereiro, quando os resgates só poderão ser feitos após 720 dias.
O pedido da nova Assembleia sinaliza para os grandes investidores que a própria Esh Capital não confia nas teses que usou inicialmente e tenta evitar uma fuga de investidores mais cautelosos, que não desejam deixar seu capital preso por 720 dias em meio a disputas judiciais e potenciais problemas legais.
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