Esh Capital pode estar envolvida em manipulação do mercado financeiro com influenciadores, fundos e investidores
Advogado criminalista apura uma possível formação de quadrilha envolvendo a Esh Capital e que tem como alvo o controle da Gafisa (GFSA3)
247 - Um grande advogado criminalista está, segundo Cláudio Magnavita, do Correio da Manhã, conduzindo uma investigação profunda sobre uma possível formação de quadrilha envolvendo a Esh Capital, escritórios de advocacia, fundos de investimentos e indivíduos, que estariam manipulando o mercado financeiro. A apuração se concentra na tomada de controle da Gafisa (GFSA3) pelos chamados "minoritários" e na tentativa de forçar o acionista Nelson Tanure a realizar uma Oferta Pública de Ações (OPA) a R$ 50,00 por ação.
O advogado examina uma série de dados que sugerem uma atuação coordenada, incluindo mensagens e postagens quase simultâneas, que propagam informações sobre uma iminente OPA. Essas mensagens, conforme apontado, são disseminadas através de influenciadores digitais, alguns dos quais se fazem passar por investidores, além de postagens feitas pelo gestor da Esh Capital, Vladimir Timerman, em suas redes sociais.
Para o renomado criminalista, os indícios são robustos e incluem o uso de influência digital para espalhar informações que podem manipular o mercado financeiro. Ele alerta para o risco de investidores se tornarem cúmplices involuntários dessa manipulação ao aderirem e propagarem teses que são elaboradas de forma coordenada e envolvem relações íntimas entre escritórios de advocacia e seus clientes, indo além dos contratos formais.
A Esh Capital é descrita como um micro fundo de investimento, com ativos inferiores a R$ 100 milhões e investimentos em apenas duas empresas: GFSA3 e LAND03. Em ambas as companhias, há uma batalha travada sob o rótulo de "defesa do minoritário", que, segundo análises, encobre uma tentativa de forçar uma OPA sem assumir o controle efetivo das empresas, buscando a destituição dos atuais conselhos diretores.
Em um episódio anterior, na Assembleia da Terra Santa, a Esh Capital enfrentou um revés e transferiu a responsabilidade da derrota para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), passando a atacá-la publicamente por meio de Vladimir Timerman.
No caso específico da GFSA3, a Esh Capital já solicitou a convocação de uma nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE), estendendo a linha do tempo e mantendo o interesse dos investidores na tentativa de assumir o controle da empresa. De forma discreta, o fundo de Timerman aumentou o prazo para resgate de D18 para D720. O prazo final para resgate é o próximo dia 20 de fevereiro, e quem optar por manter seus investimentos após essa data será obrigado a esperar dois anos para resgatar seus fundos.
O advogado criminalista está atento aos movimentos que antecedem esta AGE da GFSA3 e deve concluir em breve sua peça inicial para apresentar sua denúncia de possível manipulação de mercado.
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