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    Existem vários caminhos possíveis para se atingir a meta de inflação, diz Galípolo

    O diretor de Política Monetária do BC reforçou que a autoridade monetária segue dependendo de dados para tomar suas decisões sobre os juros básicos

    Gabriel Galípolo. Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

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    SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira que existem vários caminhos possíveis para que a meta de inflação de 3% do país seja alcançada, reforçando que a autoridade monetária segue dependendo de dados para tomar suas decisões sobre os juros básicos.

    Em evento promovido pelo Bradesco Asset, em São Paulo, Galípolo afirmou que as duas principais mensagens do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de novembro foram a opção por não dar uma indicação futura para os juros e a ausência de relação mecânica da política monetária com indicadores econômicos.

    “Hoje a posição do BC é ir consumindo os dados e tomar a decisão reunião a reunião sem estabelecer qualquer tipo de 'guidance', nem qualquer tipo de relação mecânica, e nem um caminho predeterminado para se atingir a meta. Existem vários caminhos possíveis para se atingir a meta”, disse.

    Na última semana, o Copom decidiu elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, em decisão que não indicou os próximos passos da política monetária, mas apontou que o ciclo de alta nos juros pode ser prolongado se as expectativas para a inflação piorarem.

    A decisão foi lida por componentes do mercado como uma tendência para que o BC não acelere a alta da Selic em dezembro, subindo a taxa novamente em 50 pontos-base, e que o ciclo atual seja mais longo.

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