Fenae protesta contra tentativa de "privatização disfarçada" das loterias
Entidade convoca a uma maior mobilização contra a possibilidade de transferência das loterias para uma empresa subsidiária
247 - A decisão do Conselho de Administração da Caixa de votar nesta quarta-feira (15) a proposta de transferência da operação das loterias para uma empresa subsidiária tem provocado forte reação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). A federação reafirma sua posição contrária a essa medida, alertando para os perigos que ela representa.
O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, expressou preocupações com as consequências dessa possível transferência, especialmente para a sociedade e as políticas sociais financiadas pela arrecadação dos jogos. Os mais prejudicados por essa medida, diz ele, não serão apenas o banco e seus empregados, mas a sociedade e a população beneficiária das políticas sociais que recebem recursos da arrecadação dos jogos.
Ele destacou que cerca de 40% da arrecadação, que em 2023 atingiu R$ 23,4 bilhões, com R$ 9,2 bilhões destinados a áreas como saúde e educação, poderiam estar em risco.
“Transferir as operações para uma subsidiária é abrir as portas para a privatização e colocar em risco o destino desses recursos. Se privatizadas, essa soma bilionária, atualmente revertida em benefício da sociedade, será desviada para lucro de empresários”, destacou o presidente da Fenae. “Transferir as loterias é comprometer o acesso da população a oportunidades de educação e desenvolvimento,” acrescentou.
Em resposta à proposta, a Fenae tem se mantido ativa, organizando manifestações e engajando-se em diálogos políticos, incluindo a promoção de uma audiência pública no Congresso Nacional para debater a questão, com participação dos deputados Erika Kokay (PT/DF) e Tadeu Veneri (PT/PR).
Takemoto convoca a uma maior mobilização contra a possibilidade de transferência das loterias, destacando a importância do envolvimento de todos. “Será um dano irreparável às áreas sociais que recebem repasse da arrecadação. Por isso, é de extrema importância que os empregados da Caixa e também toda a sociedade intensifiquem as mobilizações junto aos parlamentares para se engajarem nesta luta. É um dever social,” concluiu.
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