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    FHC festeja 18 anos do Proer e bate no PT

    Ex-presidente tucano afirma, em mensagem publicada no Facebook, que o Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional (Proer) foi "fundamental para o processo de estabilização da moeda" e "impediu um possível colapso do sistema bancário", apesar de "atacado desde o início pelo PT"; entre 1995 e 2000, foram destinados cerca de R$ 30 bilhões aos bancos brasileiros, cerca de 2,5% do PIB, diz Fernando Henrique Cardoso; apesar do programa, apenas alguns dos gigantes que faliram mesmo tendo sidos socorridos, durante seu governo, foram os bancos Econômico, Nacional e Bamerindus

    Ex-presidente tucano afirma, em mensagem publicada no Facebook, que o Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional (Proer) foi "fundamental para o processo de estabilização da moeda" e "impediu um possível colapso do sistema bancário", apesar de "atacado desde o início pelo PT"; entre 1995 e 2000, foram destinados cerca de R$ 30 bilhões aos bancos brasileiros, cerca de 2,5% do PIB, diz Fernando Henrique Cardoso; apesar do programa, apenas alguns dos gigantes que faliram mesmo tendo sidos socorridos, durante seu governo, foram os bancos Econômico, Nacional e Bamerindus (Foto: Gisele Federicce)

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    247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comemorou nesta tarde os 18 anos de criação do Proer - Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional. A iniciativa para socorrer os bancos criados pelo governo nos anos 90, disse ele, em mensagem publicada no Facebook, apesar de "atacada desde o início pelo PT", foi "fundamental para o processo de estabilização da moeda" e "impediu um possível colapso do sistema bancário". "O PROER recebeu posteriormente elogios do presidente Lula", acrescentou o tucano.

    Entre 1995 e 2000, foram destinados, em títulos de longo prazo, cerca de R$ 30 bilhões aos bancos brasileiros, aproximadamente 2,5% do PIB, segundo informações do próprio ex-presidente. Apesar disso, pesos pesados socorridos pela iniciativa decretaram falência, como o Nacional, o Econômico, o Banorte, o Mercantil de Pernambuco e o Bamerindus. Em valores não corrigidos, segundo o Banco Central, o Bamerindus recebeu R$ 3,2 bilhões, o Econômico precisou de R$ 5,2 bilhões e o Nacional, de R$ 5,8 bilhões.

    Definido posteriormente por alguns especialistas como uma cesta básica para os banqueiros, o Proer foi um dos programas mais polêmicos e um dos principais alvos de crítica do governo Fernando Henrique. Posteriormente, foi criada inclusive a CPI do Proer na Câmara dos Deputados, a fim de investigar as relações do Banco Central com o Sistema Financeiro Nacional. Alguns deputados acusaram o programa de atender a um grupo restrito de bancos –181 instituições sofreram intervenção, mas apenas sete fizeram parte do Proer.

    Leia abaixo a íntegra da mensagem do ex-presidente Fernando Henrique:

    Há 18 anos, através da MP 1179 (03/11/1995) o presidente FHC criava o PROER, Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional. Fundamental para o processo de estabilização da moeda, o PROER impediu um possível colapso do sistema bancário, o que afetaria a poupança dos brasileiros e desencadearia grave crise econômica. Atacado desde o início pelo PT, o PROER recebeu posteriormente elogios do presidente Lula e de seu presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por ajudar a conter a crise mundial de 2008. Sem o PROER a economia do Brasil teria sucumbido naquele momento.

    O Proer fez parte de um amplo programa de reestruturação do setor financeiro, incluindo uma profunda mudança regulatória, com a criação do mecanismo do seguro de depósitos, entre outros, inexistentes até então. A privatização de Bancos estaduais e novas legislações consolidaram um moderno sistema financeiro no Brasil, ampliando o caráter fiscalizatório do BC.

    Entre 1995 e 2000 foram destinados, em títulos de longo prazo, cerca de R$ 30 bilhões aos bancos brasileiros, aproximadamente 2,5% do PIB. Tal custo público se situa bem abaixo do verificado no Chile, por exemplo, onde a crise financeira em 1985 levou 19,6% do PIB; na Argentina, em 1982, o valor atingiu 13% do PIB. Nos EUA, a crise financeira de 1991 custou ao Tesouro 5,3% do PIB.

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